O Dólmen de
Antelas é um exemplar raro da cultura megalítica, ainda hoje totalmente
conservado. A presença intacta da mamoa é apenas uma das razões pelas quais
este dólmen é um dos mais procurados da Península Ibérica.
O Dólmen de Antelas ganha ainda mais importância pelas pinturas que ostenta na superfície dos seus esteios. O vermelho e o preto utilizados estão associados a um período com mais de cinco mil anos. É, assim, fácil de perceber o fascínio por este dólmen, bastante discreto por fora mas único por dentro.
As pinturas e gravuras
apresentam composições esquemáticas (geométricas), simbólicas (abstractas) e
seminaturalistas (figurativas).
Pensa-se
que a construção deste Dólmen terá ocorrido entre 3990 e 3700 a.C., sendo
constituído pela câmara funerária, definida por oito esteios graníticos, com
cerca de 2,5 metros de altura, e um corredor diferenciado da câmara, que se
abre a nascente. O Dólmen estaria ainda dotado de um corredor intratumular e de
um átrio de acesso, oval, que seria provavelmente o local das cerimónias
religiosas e fúnebres.
Os vestígios materiais encontrados nas escavações são constituídos exclusivamente por instrumentos em pedra, com destaque para três machados de pedra polida, uma placa lisa de xisto, uma faca de sílex e diversos micrólitos, igualmente em sílex. Este espólio lítico ajudou à datação relativa da anta megalítica, que se situará, provavelmente, entre os 4500 e os 3500 anos a. C.
Nota: Pesquisa e compilação de V. Oliveira
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