![]() |
Museu da Batalha |
COLLIPPO, uma das muitas cidades romanas da Península Ibérica, é referida por Plínio como sendo um povoado Túrdulo situado na faixa atlântica entre Conímbriga (Condeixa-a-Velha) e Eburobrittium (Óbidos).
E, os túrdulos, foram um povo ibérico que viviam na região de Cádiz e que emigraram para a região de Leiria há 400 anos a.C.
O Outeiro de S. Sebastião, em Leiria, teria sido o local escolhido por este povo, local que foi habitado por povos pré-históricos no período do Calcolítico. Os fragmentos de cerâmica encontrados fazem prova desse período.
Antes da ocupação romana terá sido um povoado da Idade do Ferro, com posição dominante sobre os vales férteis dos principais rios da região: O Lena e o Lis, remontando com alguma probabilidade ao século IV a.C.
Aqui renasceu um pequeno municipium romano que se situava próximo da actual cidade de Leiria e que atingiu o seu período áureo durante os séculos I e II, entrando a partir de então em decadência.
Em 138 a. C. com as campanhas que o procônsul romano Décimo Júnio Bruto lança a norte do Tejo a partir das bases de Olisipo (Lisboa) e Moron (Almourol), toda a região leiriense deverá ter passado a ser controlada pelos romanos. Só em 61 a. C. com Júlio César se pacificou a guerra na Lusitânia.
Pouco espólio restou desta cidade romana devido aos vários saques ao longo do tempo, ao uso indevido das estruturas de pedra utilizadas na construção da cidade de Leiria e no castelo, e até usada como campo de tiro pelo Regimento de Artilharia 4, de Leiria.
O termo “COLLIPPO” resulta da junção da palavra latina “collis”, que significa colina, outeiro, com o radical túrdulo “IPPO”, que significa povoado ou povoado fortificado.
Cidades romanas mais próximas de COLLIPPO: Seillium (Tomar), Eburobrittium (Óbidos); Scallabis (Santarém); Aeminium (Coimbra); Conímbriga (Condeixa-a-Velha).
Em 1996 foi encontrada uma estátua de um magistrado romano que figurava na cidade de Collippo, datada dos finais do século I, inícios do século II d.C.
Nota:
Pesquisa e compilação de V. Oliveira
Sem comentários:
Enviar um comentário