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A "Máquina" (em primeiro plano) junto à estação da Boavista, onde se fazia o transbordo de passageiros para o carro americano (ao fundo à esquerda) |
Em 1878 a Câmara do Porto autorizou a utilização da máquina a vapor para substituir a tracção animal das carruagens do “Americano”.
A Máquina, como popularmente era conhecida, iniciou a sua actividade desde a Boavista à estação de Cadouços, na Foz. Em 1882 chegou a Matosinhos e depois a Leça da Palmeira.
A Máquina, como popularmente era conhecida, iniciou a sua actividade desde a Boavista à estação de Cadouços, na Foz. Em 1882 chegou a Matosinhos e depois a Leça da Palmeira.
Tratava-se de uma pequena locomotiva a vapor de pequenas dimensões, devidamente carroçada de forma a disfarçar o seu aspecto ferroviário, que puxava três, quatro ou cinco carruagens e circulava em carris, na via pública. Os “Americanos” provinham de várias zonas da cidade (Campanhã, Praça ou Carmo) puxados por mulas e as carruagens eram atreladas à máquina que as levava da Boavista a Matosinhos e Leça da Palmeira e vice-versa. Cada
carruagem podia transportar cerca de 40 passageiros.
As instalações que vemos nas imagens desapareceram devido a um incêndio ocorrido em Fevereiro de 1928. Foi nessa época que se construiu o edifício que ainda hoje está presente na memória coletiva dos portuenses e que foi demolido no final da década de 1990, dando lugar à Casa da Música.
A viagem da Boavista até à Foz durava cerca de 30 minutos, num itinerário que partia da Boavista pela Avenida da Boavista até à Fonte da Moura de Cima…,guinava à esquerda na Rua da Ponte (a actual Rua Correia de Sá) e daí seguia pelo sítio da Ervilha…passando pelas “Sete Casas” (junto ao actual mercado da Foz), e pela Rua da Cerca, e depois de flectir à direita, num troço que é hoje a Rua Monsenhor Manuel Marinho, acabava no Largo de Cadouços, na Estação de Cadouços, onde havia um sistema de abastecimento de água da locomotiva tornando esta paragem mais longa do que as outras…
A viagem da Boavista até à Foz durava cerca de 30 minutos, num itinerário que partia da Boavista pela Avenida da Boavista até à Fonte da Moura de Cima…,guinava à esquerda na Rua da Ponte (a actual Rua Correia de Sá) e daí seguia pelo sítio da Ervilha…passando pelas “Sete Casas” (junto ao actual mercado da Foz), e pela Rua da Cerca, e depois de flectir à direita, num troço que é hoje a Rua Monsenhor Manuel Marinho, acabava no Largo de Cadouços, na Estação de Cadouços, onde havia um sistema de abastecimento de água da locomotiva tornando esta paragem mais longa do que as outras…
Para Matosinhos seguia de Cadouços pela Rua Nova do Túnel, (hoje Rua de Cândida Sá de Albergaria) depois de ter atravessado a Rua da Fonte Luz por uma ponte…
Neste registo fotográfico observamos a Máquina a passar no viaduto (ou ponte) de Cadouços, construído entre o Largo de Cadouços (actual Largo do Capitão Pinheiro Torres de Meireles) e a Rua Nova do Túnel (hoje Rua de Cândida Sá de Albergaria), para cruzar, a nível superior, a então Rua da Fonte de Cadouços (actual Rua da Fonte da Luz) e passando a Rua do Túnel…
…seguia pela Rua de Gondarém, onde vencia no cruzamento com a actual Rua da Agra um desnível de terreno...
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Rua de Gondarém |
…seguindo depois em linha recta até ao Castelo do Queijo…
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Antes de chegar ao Castelo do Queijo, o Palacete do banqueiro José Augusto Dias |
… continuava pela Rua Juncal de Baixo (Roberto Ivens) até à margem esquerda do rio Leça e depois a Leça da Palmeira...
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A Máquina entre o Castelo do Queijo do Queijo e Matosinhos |
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Rua Juncal de Baixo (Rua Roberto Ivens) em 1905 com os trilhos da “Máquina” bem visíveis |
Em 1896, a ligação entre o Infante e Massarelos passa a usar a tracção eléctrica e, no ano seguinte, é completada a electrificação das linhas até à Foz, a 2 de Abril, ao Castelo do Queijo, em 24 de Maio, e Matosinhos, em 29 de Outubro, utilizando as Avenidas do Brasil e Montevideu.
Depois do Castelo do Queijo e imediatamente antes do chalet de José Augusto Dias, as duas linhas cruzavam-se. À esquerda a Máquina, vinda de Roberto Ivens, rumo a Gondarém e à direita o Eléctrico vindo de Brito Capelo, rumo à Avenida de Montevideu.
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A Máquina e o Eléctrico em Matosinhos – In Os Velhos Eléctricos do Porto |
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