CAMINHA
O Chafariz do Terreiro
Obra renascentista do canteiro portuense João Lopes, o Velho. Situa-se na Praça do Conselheiro Silva Torres, popularmente conhecida por Terreiro, em frente à Torre do Relógio que era a porta principal da antiga cerca medieval de Caminha.
Foi iniciado em 1551, e concluido em 1553; a sua água foi encanada subterraneamente desde uma nascente em Moledo, a cerca de 4 km de distância. Está composto de três taças sobrepostas, de tamanhos crescentes, dispostas sobre um eixo vertical. A decoração é uma combinação de elementos geométricos e figuras mitológicas.
Em 1835, depois da Câmara determinar a demolição do pelourinho que existia no largo, o chafariz foi deslocado para permitir o alinhamento das ruas de São João e das Flores, tomando então o nome de chafariz de D. Pedro.
As Muralhas, O Castelo e a Cidade de Caminha
Acredita-se que a primitiva ocupação humana do seu sítio remonta à pré-história. À época da Invasão romana da Península Ibérica, foi dotada de uma fortificação, cujos alicerces datam dos séculos IV e V, no entanto muralhas mais antigas de Caminha datam do século XIII, do reinado de D. Afonso III. No século XIV, D. João I dota a fortaleza de uma segunda linha de muralha. Mas é no século XVII, na sequência das guerras da Restauração, que são construídos os baluartes e torreões da fortaleza. Os muros que delas restam, algumas dezenas de metros de cintura amuralhada, são em parte medievais e em parte setecentistas.
A zona envolvente à Muralha é um dos espaços requalificados da Vila, de grande beleza e valor. Esta requalificação realizada em 2005, foi da responsabilidade da Câmara Municipal.
Todo o espaço é hoje uma zona privilegiada de lazer e um ponto de referência obrigatório para os turistas. Moderna, harmoniosa, respeitando o peso patrimonial de uma muralha de séculos, a envolvente conta presentemente com espaços e traçados rectificados, passeios generosos, um espelho de água e espaços verdes.
Estas defesas foram ampliadas e reforçadas desde aReconquista cristã da península, registrando-se o topónimoCaminha desde o século X, referindo-se, entretanto, ao espaço da atual freguesia de Vilarelho, a leste da atual Caminha, onde, no alto do Coto da Pena se identificam os vestígios do primitivocastelo, erguido entre os séculos X e XI. Com o progressivo aumento da segurança na costa, concomitante com o desenvolvimento das atividades econômicas, a povoação desenvolveu-se em direção à foz do rio Minho, em zona mais baixa, mais fértil e de acesso mais dinâmico ao mar.
No contexto das campanhas contra Castela, o seu povoamento e defesa foram incentivados sob os reinados de D. Afonso III (1248-1279), de D. Dinis (1279-1325) e de D. João I (1385-1433), devido ao valor estratégico que esta povoação lindeira representava para o reino.
Quando do encerramento da crise de 1383-1385, tendo a nobreza da região norte de Portugal tomado partido por Castela, os homens bons de Vila Nova de Cerveira, Caminha e Monção enviaram mensagens ao Condestável Nuno Álvares Pereira declarando-se verdadeiros portugueses, vindo a entregar-lhe voluntariamente essas povoações. É ao novo soberano, D. João I, que se atribui a dilatação da cerca, ficando a vila guarnecida por uma segunda cinta de muralhas.
Sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521), a povoação e seu castelo encontram-se figurados por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509).
Fontes Wikipédia
Rui Neves
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