BATALHAS ÍNDIAS
As guerras índias nos Estados Unidos da América deram-se principalmente entre os anos de 1778 a 1890 com a oposição dos índios à colonização europeia. Neste permeio, o exército esteve sempre em guerra com estes povos compostos por diversas tribos.
Das muitas guerras, batalhas ou, ataques esporádicos, ficaram conhecidas as Guerras Comanches batalhadas nas planícies do Sul, com incidência no Estado do Texas, entre os anos de 1836 e 1875.
Seguindo-se outras de nomeada, referimos a Guerra Navajo (1861-1864) na qual terminou com a Longa Marcha dos Navajos, nos territórios do Arizona e do Novo México. A Guerra Apache (1864-1886) em que Carleton colocou o chefe índio Mescelero na Reserva de Sumner e que levou Gerónimo à rendição; Guerra Dakota, de 1862, conflito no Estado do Minnesota em que resultaram centenas de mortos e em que se deu a maior execução da história dos E. U. A. com trinta e oito Dakotas (Sioux) enforcados; Guerra de Nuvem Vermelha (1866-1868); Massacre de Sand Creek (1864) em que Jonh Chivington matou mais de quatrocentos e cinquenta índios Cheyennes e Arapahos que já se tinham rendido; Batalha do Rio Washita (1868), na qual a Sétima Cavalaria de Custer atacou o acampamento Cheyenne de Black Kettle, matando duzentos e cinquenta homens, mulheres e crianças; Batalha de Summit Springs (1869), onde se consta que o célebre Buffallo Bill tivesse morto o chefe guerreiro Tall Bull; Batalha do Warbonnet Creek (1876), onde novamente Buffallo Bill teria morto outro chefe guerreiro Cheyenne, alcunhado de “Mão Amarela”.
Finalmente, deu-se a Campanha de Pine Ridge (1890/91) acabando com o conflito tido com os Sioux. A Infantaria e a Cavalaria Americana recolheram esta tribo e fixaram-na na Reserva Índia, terminando com todos os conflitos tidos entre peles vermelhas e caras pálidas.
Em tantas escaramuças ao longo de muitos anos, deram-se duas Batalhas que se destacaram pela importância resultante da época e pelo número de intervenientes. Com características próprias, estas Batalhas ficaram conhecidas por: Batalha de Pease River e a Batalha de Little Bighorn.
BATALHA DE PEASE RIVER
GOV. SAM HOUSTON |
A célebre Batalha de Pease River deu-se em 18 de Dezembro de 1860, próximo da cidade de Margaret, no Condado de Foard, Texas.
Para recordar a efeméride foi construído um monumento no local onde os índios da tribo Comanche, chefiados por Peta Nocona, defrontaram o destacamento dos Texas Rangers do capitão Ross.
Para alguns historiadores, a Batalha foi considerada como um massacre praticado pelos brancos porquanto, os índios foram tomados de surpresa e perderam para além de guerreiros – mulheres e crianças.
RANGERS DO TEXAS |
Neste campo de batalha, foi recuperada uma mulher branca, imigrante, chamada de Cynthia Ann Parquer, que tinha sido aprisionada pelos Comanches há vinte e quatro anos. Nessa altura, era uma rapariga com nove anos e foi feita prisioneira no Forte Parker, por Peta Nocona, seu futuro marido. Este, quando se tornou chefe, com o seu grupo denominado os Nokonies, ocuparam o território situado ao longo do Rio Vermelho.
Em 1860, Nocona aterrorizou o Condado Parker e retornou ao esconderijo em Pease River. Os colonos atacados conseguiram ajuda do Governador Sam Huston, que encarregara o capitão Sul Ross de organizar um grupo de quarenta Rangers e vinte Milicianos para guardarem a fronteira contra os índios. A Companhia aquartelara-se no Forte Belknap, no Condado Parker.
Sul Ross percebeu que o número de homens era pouco para a guarda fronteiriça e resolveu tomar a ofensiva contra os índios. Após o ataque ao Condado de Parker, os seus batedores conseguiram a localização do esconderijo dos Nokonies em Pease River. A Companhia de Ross para lá se dirigiu, e assim se deu a Batalha.
Após o combate, Peta Nocona foi dado como morto, embora houvesse testemunhas de que ele tivesse sobrevivido.
Dois dos seus filhos e Cynthia, sua mulher, escaparam do massacre. Um, morreu logo depois, e o outro, viria a tornar-se no famoso e último chefe Comanche – Quanah Parker.
BATALHA DE LITTLE BIGHORN
Batalha travada em 25 de Junho de 1876,perto do Rio Little Bighorn, no Condado de Big Horn, no Estado de Montana.
Vitória dos índios Lakota (Sioux), Cheyennes do Norte e Arapahos, contra os E.U.A., tendo como chefes guerreiros, Touro Sentado e Cavalo Louco, e como comandantes, General George A. Custer e outros oficiais (Marcus Reno, Frederick Benteen e James Calhoun).
Como forças em combate, os indígenas tiveram um número compreendido entre novecentos e cinquenta a mil e duzentos guerreiros. No exército, havia trinta e um oficiais, quinhentos e sessenta e seis cavaleiros, quinze civis armados e cerca de quarenta guias indígenas.
GRANDES INTERVENIENTES NA BATALHA:
Gen. Custer – Thomas Custer (Oficial e Irmão de Custer) – Frederick Benteen (oficial) – Marcus Reno (Oficial) – Henry Reed (Oficial e cunhado de Custer) – Crazy Horse – Sitting Bull – Red Horse – Low Dog – Gall – Red Cloud – Rain in the Face (Guerreiros e chefes índios)
As baixas, em ambas as forças, oscilaram nas três a cinco centenas de mortos, sendo que o número dos brancos foi superior ao dos peles vermelhas. Entre as baixas, contaram-se o General Custer, dois dos seus irmãos, um sobrinho e um cunhado.
Esta Batalha em que se opôs o Sétimo Regimento de Cavalaria do exército dos E.U.A. sob o comando do afamado Custer, tornou-se no mais aclamado incidente das Guerras Índias e resultou na vitória dos Sioux, Cheyennes e Arapahos. O Destacamento dos caras pálidas fora aniquilado sob a orientação de dois grandes guerreiros pertencentes a tribos de grande agressividade.
A Sétima Cavalaria reagrupava militares veteranos da Guerra Civil Americana, experientes nestas lides e recrutados aos imigrantes Irlandeses, Ingleses e Alemães.
Esta Batalha, por ter sido muito conhecida, foi retratada no filme intitulado “Pequeno Grande Homem”, sob a orientação de Dustin Hoffman.
Antes da colonização Americana havia mais de vinte e cinco milhões de índios na América do Norte e cerca de dois mil idiomas diferentes. No final das chamadas “Guerras Indígenas”, restavam dois milhões, menos 10% do total.
Foram três séculos de extermínio, e segundo o etnólogo americano Ward Churchill, da Universidade do Colorado, esses três séculos de extermínio caracterizaram-se –
“como um enorme genocídio, o mais prolongado que a humanidade regista”.
Até breve
O amigo Vítor Oliveira -- Ocart
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