domingo, 6 de março de 2011

"A CONQUISTA DO OESTE AMERICANO"


"A CONQUISTA DO OESTE AMERICANO"

Por Vitor Oliveira


Nº.1




Nota introdutória:  Tendo  aglomerado vários temas respeitantes à colonização do “Velho Oeste Americano”, e agrupando-os em dois volumes, surgiu-me a ideia de divulgar este meu trabalho para com os meus companheiros, e não só…
Começarei pela “Aurora do Oeste Americano”, tendo como “items” o Bisonte, fonte de alimentação dos autóctones do Continente Norte Americano; a descrição das principais tribos guerreiras com as suas próprias características; chefes guerreiros de nomeada ; batalhas sangrentas que fizeram história e, os Pioneiros e Exploradores que desbravaram toda a imensidão terrena compreendida entre dois oceanos – do Atlântico ao Pacífico.

                O BISONTE
     Os bisontes, também conhecidos por búfalos americanos, percorriam, em manadas, todo o continente Norte Americano, desde “The Great Slave Lake”, no Norte do Canadá, passando pelos Estados Unidos, até chegarem ao México.      Cobriam uma faixa que se alargava desde Este   do Oregon até ásproximidades do oceano  Atlântico.
     O bisonte podia atingir dois metros de altura, três metros de comprimento, e pesar de quatrocentos a mil quilos.
   Normalmente, nasciam na primavera, amamentavam-se por um ano, chegavam a considerar-se adultos aos três anos e tinham como esperança de vida a idade compreendida entre os quinze a vinte e cinco anos.
     Sendo a maior fonte de subsistência do povo nativo americano, este animal, quando se apresentava de cor branca, era considerado como um animal sagrado. Nalgumas áreas, os lobos eram os seus maiores predadores. Geralmente, atacavam os animais mais velhos e fracos, assim como as crias da primavera.
     Este tipo de animal teve a sua origem na Ásia há dez mil anos e teriam migrado para a América através do estreito de Béring.
     Para os índios da planície, o bisonte começou a ser mais caçado aquando da utilização do cavalo. Tinha como principais riquezas - a carne, pele, tendões para os arcos, sebo, e o excremento, que após seco, servia como combustível. Até os cascos, depois de fervidos e desfeitos, tornavam-se em cola. 
Estes mamíferos foram tão caçados pela população de emigração branca que quase chegaram à extinção no século XIX. Em 1880, apenas havia algumas centenas de animais.
     Esta nova população caçava estes animais pelo valor das suas peles. As carcaças eram desprezadas e abandonadas na planície e acabavam por apodrecer. Esta matança incidia também, para enfraquecer a população índia que viam neste animal a sua principal fonte de alimentação. Assim, eram pressionados com maior facilidade a fixarem-se em reservas próprias determinadas pelo exército. Sem o bisonte, os nativos eram forçados a abandonarem as planícies ou, então, a morrerem de fome.
     Apesar de tudo, os índios também contribuíram para a quase extinção do bisonte. Por volta de 1830, os Comanches e seus aliados, mataram um número calculado em cerca de duzentos e oitenta mil bisontes num só ano, limite de sustentabilidade para a época.
     A par desta situação, juntou-se a seca de 1845 e, por último, outra seca em 1860. Após esta data, e com o retorno das chuvas, dá-se o crescimento das manadas porém, a razia já era notória…
     Com a construção do caminho-de-ferro atravessando todo o continente de Leste a Oeste, foram eliminados alguns trilhos de migrações de bisontes, e muitos destes animais foram abatidos devido à danificação de linhas férreas. Muitas vezes, manadas inteiras abrigavam-se nos túneis por causa do mau tempo e, os comboios, paravam durante dias e dias, até que essas manadas se pusessem em movimentação.
     A quase extinção do bisonte também se deveu à procura da sua pele que era muito usada para o fabrico de cintos, roupa diversa, mantas e tapetes. Foi um produto bastante exportado por toda a Europa.
     Um dos caçadores profissionais de bisontes, foi o famoso Buffalo Bill Cody, que chegou a matar mais de cem animais num só dia, e muitos milhares ao longo dos diversos contratos.
     Os couros eram normalmente vendidos em Dodge City, no Kansas.
    Em 1874, o Presidente dos E. U. A., Ulysses S. Grant mandou publicar uma lei proteccionista para proteger a caça , contudo, em 1884, o bisonte americano já se encontrava em vias de total desaparecimento. Em 1899, James “Scotty” Philip, do Dakota Sul, tentou preservar a raça comprando e propondo o cruzamento de bisontes seleccionados, num rancho perto do rio Cheyenne.
     Da mesma forma procederam os rancheiros de Montana – Michael Pablo e Charles Allard que, num negócio com o governo Canadiano, conseguiram importar um número razoável de bisontes e fixá-los no “Elk Island National Park”.
     Nesta altura, o bisonte americano voltou a crescer em número de cabeças, calculando-se trezentas e cinquenta mil porém, este número está muito longe dos sessenta a cem milhões tidos em meados do século XIX.
     A permissão de caçar bisontes é válida nalgumas regiões todavia, sob restrito controlo. É o caso do parque “Wood Buffalo National Park”, e no Estado de Montana.
     As antigas rotas de migração dos bisontes, entre o interior do Canadá, até ao México, permitiram servir de percurso para as caravanas dos colonos americanos e, mais tarde, para a construção do caminho-de-ferro. Entre outras passagens distintas, nomeiam-se as de “Cumberland Gap” através das montanhas Allegheny, e de “Blue Ridge Mountains”, no Kentucky.
     A vida selvagem do bisonte americano ainda se pode ver em “Yellowstone National Park, Henry Mountains in Utah, Wind Cave National Park no Dakota Sul e em Elk Island in Alberta, no Canadá”.

RECORDANDO AS VELHAS HISTÓRIAS AOS QUADRADINHOS!

Até breve
O amigo Vítor Oliveira  -- Ocart

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