quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Palácio de Belém e Museu da Presidência


O PALÁCIO DE BELÉM: DE QUINTA A RESIDÊNCIA OFICIAL




Desde D. Manuel de Portugal, o primeiro proprietário da Quinta de Belém, até à actualidade, o Palácio de Belém e a sua propriedade envolvente atravessaram três grandes fases. A primeira, como quinta suburbana, começou a ganhar forma a partir do século XVII, quando o seu proprietário era o 3º Conde de Aveiras, D. João da Silva Telo de Meneses. O desenho arquitectónico do edifício principal, composto por uma justaposição de cinco corpos principais, confere ao Palácio uma grande simplicidade e sobriedade. O resto da propriedade era composta por estruturas de apoio à função rural e pelo terreno agrícola, hortas e jardins.

A partir de 1726, com a aquisição da quinta pelo rei D. João V, a sua função passou a estância de recreio e de veraneio da família real, o que originou grandes transformações nos seus jardins, com a integração de diversas esculturas. Uma grande variedade de espécies de animais selvagens (leões, tigres, zebras entre muitos outros) começaram a povoar as jaulas do pátio dos bichos, bem como em toda a propriedade. Com D. Maria I, o jardim de cima foi dignificado com a construção de um viveiro para aves exóticas, enquanto o actual jardim do buxo, ou jardim de baixo, foi ganhando forma com três lagos rodeados por canteiros de buxo em formato triangular que obedeciam a uma rígida simetria. Mais tarde, com o casamento do príncipe D. Carlos e da princesa D. Amélia, o Palácio de Belém foi escolhido como residência pelo casal durante 5 anos, o que originou uma ampla reforma decorativa a cargo de Leandro Braga.

Com a instauração da República, o Palácio converte-se em residência oficial do presidente da República, chegando alguns chefes de Estado a habitar no Anexo. Com o Estado Novo, a eleição de Francisco Craveiro Lopes em 1951 e a visita da rainha de Inglaterra levaram a profundas obras de remodelação a cargo do arquitecto Luís Benavente, na zona da Arrábida, para sua conversão em residência privada do presidente da República. Recentemente decorreram três importantes obras arquitectónicas que dignificaram a sede da Presidência da República: a reconversão da Capela do Palácio a cargo do arquitecto João Nascimento, a adaptação das antigas cocheiras em Museu da Presidência da República pelos arquitectos Rui Barreiros Duarte/Ana Paula Pinheiro e a construção do Centro de Documentação da Presidência da República pelo arquitecto João Luís Carrilho da Graça.





O MUSEU DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA



A criação do Museu da Presidência da República assenta na ideia da aproximação do Presidente aos cidadãos que representa, abrindo o Palácio de Belém, sua residência oficial, ao público. Os objectivos permanentes que o Museu procura cumprir são, por isso, de carácter cultural e cívico.

Situado no Palácio de Belém, o museu procura oferecer aos visitantes uma informação ampla e rigorosa sobre a instituição presidencial, a sua história e os seus titulares. Essa informação é oferecida com base em suportes tecnológicos inovadores, que permitem um acesso fácil e interactivo. Quis-se criar um Museu de história contemporânea, política e institucional, que fosse também um exemplo de aproveitamento das novas possibilidades de difusão do conhecimento e de divulgação da cultura.

O Museu da Presidência da República não é apenas um espaço estático de contemplação. É também um centro de estudo, de investigação, de edição, de iniciativa cultural. O Web site, o Arquivo Digital, o Museu Virtual, os Serviços de Educação e de Formação e as muitas actividades de Extensão Cultural são outros tantos instrumentos de abertura e participação. Significa que o Museu é uma obra em progresso e um projecto dinâmico.



A EXPOSIÇÃO

A implantação da República e os Símbolos Nacionais:

Com a revolução de 5 de Outubro de 1910 é proclamada a Republica, são escolhidos os novos símbolos nacionais e é aprovada, em 1911, a nova Constituição. Estão reunidas as condições para a eleição do primeiro Presidente da República portuguesa, Manuel de Arriaga, inaugurando-se o primeiro ciclo institucional da República portuguesa: a Primeira República.

A República e os seus Presidentes

São três os ciclos institucionais da República portuguesa, cada um deles marcado, no plano nacional e internacional, por acontecimentos políticos, económicos, sociais ou culturais, nacionais ou internacionais: A Primeira República (1910-1926), A Ditadura (1926-1974) e a Democracia (1974-...). Em todos os períodos, os presidentes da República intervieram e marcaram a história do país.

Presentes de Estado

No âmbito das deslocações oficiais, e cumprindo uma tradição ancestral, o Presidente, legitimo representante da República portuguesa, recebe e oferece presentes, testemunho dos laços de amizade e cordialidade entre Estados soberanos. Com um valor eminentemente simbólico, estes presentes atestam episódios concretos das relações internacionais.

Os Presidentes da República

A Galeria dos Retratos deve ser entendida como um documento, que regista, para a História, a pessoa de cada um dos presidentes, no tempo, mais ou menos longo, em que desempenharam a magistratura. A sua biografia, traçada a partir de objectos pessoais, suscita leituras da personalidade e da actuação política de cada um dos chefes de Estado.

Palácio de Belém

Residência oficial do chefe de Estado e sede da Presidência da República desde 1911, o Palácio de Belém foi palco de acontecimentos de grande importância histórica e encerra um património que importa valorizar e dar a conhecer. As salas de aparato, com as suas colecções de pintura, ourivesaria, porcelana e mobiliário podem agora ser percorridas e melhor conhecidas.

Ordens Honoríficas

A Constituição da República Portuguesa atribui ao Presidente da República um conjunto de poderes simbólicos, entre os quais se destaca o poder de conferir condecorações. O Presidente da República é, por inerência, o Grão-Mestre das Ordens Honoríficas portuguesas e, nessa qualidade, concede todos os graus e superintende na organização das Ordens. Cabe ao Presidente homenagear publicamente todos aqueles que se tenham distinguido por mérito próprio ou por serviços prestados à nação



Os Poderes e a actividade do Presidente da República

Tendo em conta o conjunto alargado de poderes constitucionais do Presidente da República, é decisiva a sua posição relativa no actual sistema de governo. Se devidamente compreendidos os seus poderes, o Presidente detém a chave que regula o funcionamento do nosso sistema político. E são muitos os seus atributos, competências e funções constitucionais.

Textos Cedidos gentilmente pelo Museu da Presidência

http://www.museu.presidencia.pt/

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