terça-feira, 9 de dezembro de 2025

O MILAGRE DO SAL EM RIO MAIOR


As Salinas da Fonte da Bica estão no vale Tifónico, no sopé da Serra dos Candeeiros, a três quilómetros de Rio Maior.

Nomeadas de Salinas da Fonte da Bica, mais conhecidas por Salinas de Rio Maior, possuíam principalmente proprietários da Fonte da Bica e como se localizava relativamente perto, nos documentos e escrituras é aplicado o termo correcto e original, de Salinas da Fonte da Bica.

A LENDA

O incontornável Pinho Leal, no seu “Portugal Antigo e Moderno”, refere uma Lenda que explica a localização actual das Marinhas do Sal.

Segundo ele, uma pastora que por ali guiava o seu rebanho terá sentido sede e procurado água numa nascente situada imediatamente a Leste da povoação designada como Fonte da Bica.

Ao provar a água, constatou que a mesma era muito salgada, tendo informado a sua família que imediatamente acorreu ao local.

A HISTÓRIA

Estas salinas são o Testemunho antigo de um mar pré-histórico que terá existido no local, razão que explica a alta concentração de potássio e a qualidade deste sal.

As Salinas de Rio Maior têm oito séculos de História. Em 1177, Pêro d’Aragão e sua mulher Sancha Soares venderam aos Templários “a quinta parte que tinham do Poço e Salinas de Rio Maior, cujo Poço partia pelo Este com Albergaria do Rei, pelo Oeste com D. Pardo e com a Ordem do Hospital, pelo Norte com Marinhas da mesma Ordem e pelo Sul com Marinhas do dito D. Pardo”. Assim diz Pinho Leal, citando o escrito comprovativo dessa venda. Este Documento, que é o mais antigo que se conhece referente a Rio Maior, encontra-se arquivado na Torre do Tombo em Lisboa.

Este contrato situa-se no limiar da nossa nacionalidade, já Lisboa e Santarém tinham sido conquistadas aos mouros por Dom Afonso Henriques, e ainda este não tinha sido reconhecido Rei pelo Papa, o que aconteceu só em 1179.


A Ordem dos Templários, proprietária de parte do Poço e Salinas como atrás se referiu, foi extinta em 1312, tendo todos os seus bens passado para a Coroa, sendo entregues à Ordem de Cristo em 1319, por ordem de Dom Dinis.

No entanto, Mariana Alcoforado em 1877, no seu Museu Tecnológico citado por Mário Vieira de Sá, no livro “ Sal Comum “, refere que as Marinhas pertenceriam à Casa de Bragança até à proclamação de Dom João IV, tendo-as este Monarca vendido ao Conde de Vimioso, “cujos herdeiros as terão alienado mais tarde a diferentes proprietários a quem hoje pertencem”.

Sendo o Rio Maior navegável até parte do seu percurso, é natural que fosse utilizado para comunicação com o Tejo, porta de saída principal para o comércio externo no qual se incluiria o sal pela sua extraordinária qualidade.

A ACTUALIDADE

Esta Mina de Sal-Gema, é extensa e profunda, atravessada por uma corrente subterrânea que alimenta um poço, e a água que se extrai dele é salgada sete vezes mais salgada que a do mar.

Essa água salgada corre por regueiras e enchem compartimentos (talhos) feitos de cimento ou pedra, de tamanho variado e poucos profundos.

Da sua exposição ao sol e ao vento e consequente evaporação da água obtêm-se o sal, depositado no fundo dos talhos, o qual depois é colocado em montes, em forma de pirâmides, para secar até ser recolhido.

Os esgoteiros, as eiras e as casas de madeira para armazenagem do sal completam o conjunto do que é denominado Marinhas de Sal de Rio Maior.


Nas Salinas de Rio Maior há sal sem mar!...

Classificadas como Imóvel de Interesse Público desde 1997, as Salinas de Rio Maior são hoje um dos pontos mais interessantes e incontornáveis no panorama turístico do Centro de Portugal.

No presente, no meio das ruelas ladeadas pelas Casas de madeira de aspecto rústico, nasceram cafés, lojas de velharias, restaurantes e espaços onde se vende sal e artesanato local, num esforço de modernização e de adequação da oferta às exigências do Mundo actual digno de uma nota especial.

Preservando as memórias locais e as técnicas e tradições antigas, as salinas tornaram-se um espaço etnográfico da maior importância e de grande interesse para todos os que as visitam.

Interessante, para além das velhas estruturas de madeira suportadas por troncos de oliveiras que preservam a sua forma rústica original, é a manutenção do sistema complexo de fechaduras em madeira, inventadas e desenvolvidas para evitar a utilização de materiais feitos de metal que estão muito expostos à oxidação reforçada aqui pela presença permanente do sal.


Nota: Pesquisa feita a um texto de “Leonor Especial”, no qual resumi e acrescentei imagens para enriquecimento do mesmo.

Vítor Oliveira

 


terça-feira, 25 de novembro de 2025

GRUTA DAS LAPAS


UMA REDE DE CAVERNAS MISTERIOSAS DEBAIXO DE UMA ALDEIA

Situam-se na freguesia de Lapas, concelho de Torres Novas, e são um dos mais enigmáticos conjuntos subterrâneos artificiais de Portugal.

A sua origem remonta ao Neolítico, cerca de 10.000 a.C., mas acredita-se que foram os romanos os primeiros a explorá-las para a extração de tufo calcário, utilizado na construção civil.

A estas grutas estão associadas várias lendas, sendo uma das mais populares a que afirma a existência de um túnel subterrâneo que as ligaria ao Castelo de Torres Novas. No entanto, não existem evidências concretas que comprovem esta ligação, sendo a história mantida viva pelo folclore local.

A verdade é que estas cavidades são o resultado da ação humana sobre o maciço calcário da região, tendo sido escavadas ao longo dos tempos para extração de pedra.

Nos anos 30 do século XX, foram descobertos, junto ao rio Almonda, artefatos neolíticos e ossadas, colocando a hipótese de que as grutas poderiam ter servido de abrigo a povos ainda mais antigos do que os romanos.

Atualmente, as Grutas das Lapas estendem-se por toda a aldeia, estando muitas delas sob habitações particulares, utilizadas como caves ou espaços de armazenamento. Apenas uma parte do complexo está protegida e aberta ao público, permitindo visitas a cerca de 700 metros quadrados do monumento natural.

O centro interpretativo, recentemente inaugurado, pretende valorizar este património pouco explorado, proporcionando aos visitantes um percurso seguro e educativo. O espaço inclui informação sobre a formação geológica das grutas, fósseis e explicações científicas sobre a sua história.


Entre história e lenda, as Grutas das Lapas continuam a fascinar quem as visita.

Para os habitantes locais, sobretudo para figuras como Vítor “Cartaxo”, guia tradicional do espaço, o mistério destas grutas é um dos seus maiores atrativos.

Segundo a tradição oral, no seu interior foi encontrada uma imagem de Nossa Senhora da Vitória, atualmente exposta na Igreja da aldeia. Histórias como esta fazem parte do imaginário da região e ajudam a manter viva a curiosidade sobre este património subterrâneo.

Com um potencial turístico ainda por explorar, as Grutas das Lapas são um testemunho fascinante da relação do homem com a paisagem ao longo dos séculos.

A valorização deste monumento não só preserva a memória do passado, como pode transformar-se num importante ponto de interesse para o turismo cultural e científico em Portugal.

Nota: Pesquisa no “portal Portugal no Mundo”. Resumo e acrescento com imagens feito por V. Oliveira

 


terça-feira, 11 de novembro de 2025

MAMOA DE ALCALAR


Portugal e os seus Lugares Mágicos

No lugar de Alcalar, freguesia da Mexilhoeira Grande, Portimão, encontra-se o complexo megalítico de Alcalar, constituído por cerca de 12 antas de corredor com vestígios de mamoa.

Entre estas, realçamos aquela que consideramos ser uma das mais importantes mamoas peninsulares, que, felizmente, está a ser preservada pelas entidades responsáveis pelo património arqueológico nacional.

A mamoa – ou tumulus – é uma anta coberta de terra, confundindo-se na paisagem com uma colina; toma esse nome porque assemelha-se a um seio de mulher. E é precisamente nesse seio que se empreende o mistério da geração.

Daí que, do ponto de vista mágico-simbólico, entrar numa mamoa equivale a um regresso ao útero da Terra-Mãe para voltar a nascer.

O recém-nascido, ou seja, aquele que nasceu de novo é, aquando das cerimónias efectuadas nas mamoas iniciáticas, um ser renovado, espiritualmente consciente, porque se iniciou nos mistérios da morte e renasceu para a vida.

A mamoa de Alcalar tem todas as características de ser um monumento iniciático, visto tratar-se de uma anta de corredor, com pequeno átrio e, no lado oposto, a câmara iniciática.

A sua orientação é Nascente-Poente, encontrando-se a câmara a Oeste e a entrada a Leste. O indivíduo era deitado com a cabeça voltada para poente e os pés virados para nascente.

Significando o poente a morte e o nascente a vida, o candidato, ao entrar na mamoa, símbolo do útero da Mãe-Terra, dirigia-se para o país dos mortos e, superadas as provas da iniciação, renascia voltado para o Sol nascente.


Nota: Referência de Eduardo Amarante, em "Lugares Mágicos e Megalíticos de Portugal"

Resumo e colocação de imagens feito por V. Oliveira


terça-feira, 28 de outubro de 2025

OS SETE CASTELOS DA BANDEIRA PORTUGUESA


Quais são os 7 castelos da Bandeira Portuguesa?

Os sete castelos são tradicionalmente considerados um símbolo das vitórias portuguesas sobre os seus inimigos mouros, durante o reinado de D. Afonso III, que supostamente conquistou sete fortalezas inimigas durante a conquista do Algarve, concluída em 1249.

Estes castelos seriam as fortalezas de Estômbar, Paderne, Aljezur, Albufeira, Cacela, Sagres e Castro Marim, todas pertencentes ao Algarve.

O Castelo de Estômbar, também conhecido como Abenabece, foi provavelmente construído no século XI, durante o período de domínio muçulmano.

Estômbar foi nessa altura um importante centro produtor de sal.

Segundo o investigador Christophe Picard, o castelo de Estômbar faria parte de um conjunto de fortificações muçulmanas ao longo da costa algarvia, em conjunto com os de Alvor, Portimão e Albufeira.

O Castelo de Paderne é um monumento militar na freguesia de Paderne, pertencente ao Município de Albufeira. O primeiro edifício militar naquele sítio terá sido um castro lusitano, conquistado depois pelos romanos, mas o castelo em si só foi construído nos séculos XI ou XII, durante o período muçulmano.

É considerado um dos símbolos do município, e um dos mais importantes exemplares da arquitectura militar islâmica na Península Ibérica. No interior destaca-se uma ermida dedicada a Nossa Senhora da Assunção.

O Castelo de Aljezur foi edificado no século X pelos árabes e fez parte integrante do sistema defensivo de Silves. De acordo com os vestígios encontrados, o sítio foi ocupado pelo menos desde as idades do Bronze e Ferro, tendo sido depois utilizado durante os períodos romano e islâmico e após a Reconquista. A sua principal função era controlar a Ribeira de Aljezur, pelo que terá sido abandonado na transição entre os séculos XV e XVI, devido ao assoreamento daquele eixo fluvial.

O Castelo de Albufeira, de que restam ruínas, também referido como Castelo e cerca urbana de Albufeira, era um castelo islâmico almorávida, de planta poligonal, originalmente com nove torres.

Ao tempo da invasão romana da Península Ibérica denominava-se de "Baltum".

À época da invasão muçulmana, a partir do século VIII, teria sido fortificada, conforme atesta o seu topónimo árabe "Al-Buhera" com o significado de "Castelo do Mar". 

A povoação de "Al-Buhera" foi finalmente conquistada, em 1250, pelas forças de Afonso III  (1248-1279), sendo o castelo e os seus domínios doados pelo soberano aos cavaleiros da Ordem de Avis.  

O Castelo de Cacela ergueu-se na povoação de Cacela-Velha

Em posição dominante numa elevação rochosa sobranceira à ria Formosa, os seus vestígios encontram-se actualmente compreendidos no património classificado da Fortaleza de Cacela e da própria povoação de Cacela Velha, um dos mais importantes conjuntos arquitectónicos do Algarve.

 Pensa-se que, durante o califado, o alfoz de Cacela se estenderia até ao actual concelho de Alcoutim, englobando alcarias e castelos, tais como o Castelo Velho de Alcoutim e o Castelo das Relíquias, situados em espaços pastoris e mineiros.

A Fortaleza de Sagres, também referida como Castelo de Sagres ou Forte de Sagres, é um monumento militar.  

A fortaleza é de grande importância histórica, devido à sua ligação ao Infante D. Henrique e aos Descobrimentos Portugueses. 

As referências mais antigas ao cabo foram feitas pelo historiador grego Éfero de Cime, no século IV a.C., que o denominou de Hieron Akroterion. Este termo foi posteriormente traduzido para latim como Promontório Sagrado por Plínio, o Velho na sua obra História Natural. 

Castelo de Castro Marim é uma fortificação raiana, em posição dominante sobre o chamado monte do Castelo, defendia aquele ponto de travessia sobre a margem direita da foz do rio Guadiana.

Castro Marim recebeu Carta de Foral passada por D. Afonso III desde 8 de Julho de 1277, com a determinação para a reconstrução de sua defesa.

Posteriormente, mantendo a sua importância, foi ocupada por Vândalos e por Muçulmanos, alguns autores atribuindo a estes últimos a edificação do primitivo castelo, de planta quadrada, com torres semi-circulares nos vértices.


Nota: Composição feita por V. Oliveira







terça-feira, 14 de outubro de 2025

MARGARET MEAD, ANTROPÓLOGA NORTE AMERICANA – 1901 / 1978


Anos atrás, um estudante perguntou à antropóloga Margaret Mead qual teria sido para ela o primeiro sinal de civilização numa cultura antiga. E o estudante aguardava que Mead lhe falasse sobre anzóis, vasos de barro ou, pedras de moer.

Mas não! Mead disse que o primeiro sinal de civilização numa cultura antiga foi um fémur (osso da coxa) que tinha sido quebrado e que depois foi tratado…

Mead explicou que no reino animal, se uma perna for quebrada, a probabilidade de morte é certa. Qualquer animal, sendo racional ou, irracional, não pode fugir do perigo, chegar ao rio para beber ou, caçar para comer. Torna-se como que carne para alimento de bestas rondando. 

E, nenhum animal sobrevive a uma perna partida tempo suficiente para o osso sarar.

Um fémur quebrado que sarou é a prova de que alguém despendeu o seu tempo para ficar com quem caiu, e que tratou da sua ferida, e que levou a pessoa para um lugar seguro e, a cuidou através da recuperação.

Estamos no nosso melhor quando servimos os outros. 

Sê civilizado.



Ajudar outra pessoa através da dificuldade é onde a civilização começou, disse Mead


Nota: Texto resumido e composto por V. Oliveira

terça-feira, 30 de setembro de 2025

ÓBIDOS E O SEU CASTELO


Atribui-se ao Castelo de Óbidos origem romana, provavelmente assente num castro. Foi posteriormente fortificação sob o domínio árabe.

Depois de conquistado pelos cristãos (1148) foi várias vezes reparado e ampliado. No reinado de D. Manuel I, o seu alcaide manda construir um paço e alterar algumas partes do castelo. No Paço dos Alcaides salientam-se as janelas de belo recorte manuelino abertas para o interior do pátio. 

Foi construído na zona mais elevada do outeiro de Óbidos, sendo complementado pela chamada Cerca Velha, Torre Albarrã (ou de D. Sancho I) e Torre do Facho. São ainda do seu tempo a chaminé existente na sala principal e o portal encimado pelas armas reais e da família Noronha, ladeado por duas esferas armilares. O Paço sofreu fortes danos com o terramoto de 1755. 


Após a reconquista cristã, sofreu ampliações e fortificações por ordem de diversos reis, destacando-se a construção da barbacã, da Torre de D. Dinis e da Torre de D. Fernando, bem como da Cerca Nova. 

No último século e meio da Idade Média, este complexo “residencial” parece ter sido bastante utilizado pela monarquia portuguesa, que, nos meados do século XV, contava mesmo com a presença de um “paceiro” no local.

No século XVI, o Paço dos Alcaides foi reconstruído pelo alcaide-mor D. João de Noronha.

No século XX estava em total ruína tendo sido recuperado para instalar a Pousada (a primeira pousada do Estado em edifício histórico).

Em 1948, recebeu obras de adaptação a pousada histórica, que abriu as suas portas em 1950.


Pertinho deste castelo existiu uma cidade Romana chamada de EBUROBRITTIUM, referida por Plínio-O-Velho, o mesmo naturalista e historiador romano que relatou ao vivo o desabrochar do vulcão Vesúvio e, o “enterro” de Pompeia…

Primam neste link para aglomerarem cultura!
https://www.cm-obidos.pt/viver/arqueologia/cidade-romana-de-eburobrittium

Nota: Compilação e arranjo feito por V. Oliveira 

terça-feira, 16 de setembro de 2025

OS DEZ MANDAMENTOS… PARA SE AMAR UM IDOSO!…


Estes mandamentos foram redigidos por um frade carmelita italiano, e introduzido no português por um confrade da mesma ordem, em Teresópolis

1 — DEIXE-O FALAR... do seu passado, porque nele existe um tesouro de verdade, de experiência e de beleza.

2 — DEIXE-O VENCER... as discussões, porque ele tem necessidade de sentir-se seguro dele mesmo.

3 — DEIXE-O VISITAR OU RECEBER... seus velhos amigos, porque entre eles se sente reviver. Junto a eles, será respeitado pela sua história e amizade.

4 — DEIXE-O CONTAR... suas histórias, mesmo repetidas, porque se sente feliz quando o escutamos.

5 — DEIXE-O VIVER... entre as coisas que ele mais amou, porque sofre sentindo que arrancamos pedaços de sua vida.


6 — DEIXE-O RECLAMAR... quando estiver nervoso, porque os idosos e as crianças têm o direito à tolerância e à compreensão.

7 — DEIXE-O PASSEAR... com você, nos fins-de-semana ou nas férias, para que não sinta remorsos se, no próximo ano, ele não estiver contigo.

8 — DEIXE-O ENVELHECER... com o mesmo e paciente amor com que deixa crescer seus filhos porque tudo isso é parte da natureza.

9 — DEIXE-O REZAR... como ele souber e como quiser para descobrir a presença de Deus em seu caminho que falta percorrer. Quando puder reze com ele.

10 — DEIXE-O MORRER... nos braços da família e junto com amigos. Mas antes disso, DEIXE-O VIVER... como ele quiser...




Nota:
O texto acima foi transcrito e adaptado por Pascoal Nunes.
São dele as modificações e adições ao texto original, mas mantendo o mesmo sentido.
Captação da rubrica: “Eu e a Vida”, e articulado por V. Oliveira