A Villa Romana da Corte é o primeiro complexo edificado do período romano localizado no barrocal algarvio e a estrutura mais relevante da época romana até hoje escavada no Algarve.
Foi encontrada, em 2005, pelo técnico da Câmara Municipal de Silves, Jorge Correia, e escavada por uma equipa da Universidade de Jena (Alemanha), em colaboração com a autarquia de Silves e a Direcção-geral do Património Cultural.
A ocupação mais antiga da villa é situada na 1ª metade do século I, tendo sido reestruturada em resultado de um terramoto, por volta de 300 d.C. e abandonada na transição da Alta Idade Média para o domínio islâmico.
Nesta villa viviam pessoas da classe média superior, com um estatuto elevado e evidente prosperidade, como o testemunham os achados de objectos importados da Grécia e do Sul da Itália. De grandes dimensões, a villa, além da zona de compartimentos individuais, possuía terraço e uma zona de banhos, alimentada por um tanque ligado a uma fonte de abastecimento.
Os restos de estuques e de pavimentos em mármore e mosaicos são outros sinais da abastança dos proprietários. Tinha ainda uma parte rústica, com lagar, forno, tear e estábulos.
Materiais ligados à produção de têxteis levam a crer que essa era uma das actividades desenvolvidas na villa.
Os restos de estuques e de pavimentos em mármore e mosaicos são outros sinais da abastança dos proprietários. Tinha ainda uma parte rústica, com lagar, forno, tear e estábulos.
Materiais ligados à produção de têxteis levam a crer que essa era uma das actividades desenvolvidas na villa.
Inicialmente foi divulgado que tinha escrito o nome “Yehiel”. Uma das hipóteses que se apresenta é a inscrição ser a frase “O judeu é abençoado”, mas levantam-se outras possibilidades.
Apesar deste mistério, a descoberta desta placa é enorme pois trata-se do mais antigo achado arqueológico judaico descoberto na Península Ibérica. Desperta também curiosidade o facto desta placa de mármore ter sido encontrada num contexto muito invulgar, junto a uma villa romana.
Nota: Recolha
de “Portugal Romano” com arranjo feito por V. Oliveira
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