A ALDEIA DO SOAJO É FAMOSA PELO VASTO CONJUNTO DE ESPIGUEIROS
ERIGIDOS SOBRE UMA ENORME LAJE GRANÍTICA, USADA PELO POVO COMO EIRA
COMUNITÁRIA.
A vila de Soajo, característica nas suas formas particulares de
vivência e organização social e económica, é provavelmente um dos destinos
concelhios mais divulgados e conhecidos, integrando uma área geográfica que foi
concelho até à reforma liberal do século XIX.
Características da área geográfica da serrania da Peneda, Gerês
e Amarela, o sistema de habitat de brandas e inverneiras são um marco
referencial da maior singularidade e interesse etnológico e patrimonial. A branda
é um espaço de uso mais sazonal, com uma ocupação secundária, conectada
sobretudo com os usos agrícolas e pastoris de Verão, por oposição à inverneira
tradicionalmente de cariz mais permanente.
Ocupam geralmente cotas de terreno acima dos 600 metros, substancialmente
mais altas que as inverneiras a que se associam.
No concelho o número de brandas é significativo, com
representações singulares em Bosgalinhas, S. Bento do Cando, Mosqueteiros,
entre outras.
Nas áreas espaciais de Soajo e Sistelo as brandas recebem
somente o gado e pastores, integrando por tal estruturas de abrigo bastante
desenvolvidas.
O mais antigo conjunto de espigueiros data de 1782. Estes
monumentos de granito foram construídos na altura em que se incrementou o
cultivo do milho e serviam para proteger o cereal das intempéries e dos animais
roedores.
As suas paredes são fendidas para que o ar circule através das
espigas empilhadas. No topo são geralmente rematados por uma cruz, que
significa a invocação divina para a protecção dos cereais.
Parte destes espigueiros são ainda hoje utilizados pelas gentes
da terra.
Vamos viajando assim…dando tempo para o vírus desaparecer.
Portugal…é bonito!
Nota: Compilação e arranjo feito por V. Oliveira
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