Torre Centum Cellas, antigamente também denominada como Torre de São Cornélio, localiza-se no monte de Santo Antão, freguesia de Belmonte e Colmeal da Torre.
No contexto da invasão romana da Península Ibérica, a villa seria de propriedade de um certo Lúcio Cecílio que foi um abastado cidadão romano, negociante de estanho (metal abundante na Península Ibérica), e que a teria erguido pelos meados do século I.
De acordo com os testemunhos arqueológicos, foi destruída nos meados do século III por um grande incêndio, e reconstruída posteriormente.
Na época medieval, sobre os seus restos, construiu-se uma capela sob a invocação de São Cornélio, que as lendas associavam ao local, mas que caiu em ruínas e desapareceu por completo pelo século XVIII.
Esta Torre, ao longo dos séculos, vem despertando as atenções de curiosos e estudiosos, suscitando as mais diversas lendas e teorias em torno de si.
Uma das tradições, por exemplo, refere que a edificação teria sido uma prisão com uma centena de celas (donde o nome), onde teria estado cativo São Cornélio (donde o nome alternativo).
Sobre a sua primitiva função, acreditava-se que pudesse ter sido um acampamento romano. Entretanto, campanhas de prospecção arqueológica na sua zona envolvente, empreendidas na década de 1960 e na década de 1990, indicam tratar-se, mais apropriadamente, de uma villa, sendo a torre representativa da sua pars urbana, estando ainda grande parte da pars rustica por escavar.
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São Cornélio |
NOTA: Recolha resumida e trabalhada por V. Oliveira
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