O sonho do conde de Ourém manteve viva a memória da sua família num espaço de luxo e poder.
A paisagem local é dominada pela elegante silhueta do secular castelo e palácio de Porto de Mós. O castelo medieval, imprescindível na defesa do corredor de acesso a Coimbra, viu a sua estrutura adaptada durante as décadas de 50 e 60 do século XV, num palácio principesco.
A motivação do quarto conde de Ourém, Dom Afonso, para a construção de um novo palácio tão próximo do Paço de Ourém, prende-se, segundo alguns investigadores, com questões simbólicas e afectivas. Na véspera da batalha de Aljubarrota, Dom Nuno Álvares Pereira pernoitou com o seu exército no Castelo de Porto de Mós. O sucesso da batalha incitou Dom João I a doar ao Condestável as vilas de Porto de Mós e Ourém.
Assim, o conde de Ourém, entendia aquele local como um espaço de origem e de fundação da sua descendência, razão pela qual decidiu construir aqui um paço.
As obras de remodelação do castelo iniciaram-se depois de 1449, logo após a batalha de Alfarrobeira. Durante uma década, o espaço esteve em construção paralelamente com o Paço de Ourém.
A remodelação promovida por Dom Afonso transformou o velho castelo no mais harmonioso exemplo da arquitectura civil do final da Idade Média portuguesa.
Todo o pendor bélico foi anulado com a construção da fachada principal, que ganhou espessura e passou a ser definida pelo vértice das torres que a ladeavam. A ampla varanda, cujo delicado recorte dos vãos se avista de longe, abriu-se à vila.
Interiormente, a praça de armas, transformada em pátio porticado, lança um novo programa inspirado nos palácios urbanos da península Itálica. A decoração interior do espaço era composta por fantásticas abóbadas em ogiva que ostentavam, naturalmente, a heráldica do 4.º conde de Ourém.
Na remodelação do castelo, estiveram ligados diversos mestres provenientes do estaleiro do Mosteiro da Batalha e de Tomar. A rocha necessária à obra de remodelação do espaço chegava das pedreiras locais que abasteciam, simultaneamente, o Mosteiro da Batalha. As obras ter-se-ão iniciado na fachada sul, seguindo o modelo do Paço de Leiria e, em 1451, construiu-se a ala sul e talvez a oeste, respectivamente a residencial e a de serviços.
Para lhe conferir unidade e alterar a feição defensiva, todos os muros do novo castelo foram coroados de mâchicoulis e as torres foram telhadas.
O Paço de Porto de Mós sofreu bastantes danos com o terramoto de 1755, tendo chegado ao século XX em profunda ruína. A sua situação reverter-se-ia com uma profunda intervenção que lhe conferiu o aspecto que hoje podemos encontrar.
DISPERSOS:
No topo do castelo o nosso olhar cruza-se com o verde das telhadas e com o azul do céu…
Do alto do castelo, avista-se para sul o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros…
À noite, a iluminação sublinha uma imagem que parece brotar de um conto de fadas…
O castelo de Porto de Mós, foi o Castelo de D. Fuas Roupinho!...
Nota: Arranjo de texto e colocação de imagens por V. Oliveira
Recolha de partes de texto da Nacional Geographic
Obrigada VITOR pelo trabalho que tiveste em pesquisar esta parte da história a descrição está bem explícita (davas um bom professor de história).É muito importante termos estas informações antes das visitas.Obrigada pela partilha Beijinho e até sábado
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