terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

A CONQUISTA DO OESTE AMERICANO Nº.32






BANDIDOS

 TOM HORN – 1860 – 1903

Tom Horn, nasceu em 21 de Novembro de 1860 e faleceu em 20 de Novembro de 1903. Foi um homem de leis, batedor, soldado, atirador contratado, detective, fora-da-lei e assassino.
Tom Horn era filho de Thomas S. Horn e de Mary Ann Maricha, com ascendência alemã. A família vivia da agricultura no Nordeste do condado escocês, perto de Memphis, no Missouri. Tom, foi o quarto filho de mais sete irmãos.
Aos 16 anos saiu de casa e viajou para o Sudoeste Americano, enveredando como milícia na cavalaria do exército. Anos mais tarde, fez de intérprete aquando da guerra contra os Apaches, e numa altura em que Gerónimo, chefe guerreiro índio, se rendeu a Charles B. Gatewood. Também, tomou parte na guerra, no Arizona, “The Pleasant Valley”, entre vaqueiros e criadores de ovelhas.
THOMAS S. HORN, G. KIMMEL, GERONIMO, C. GATEWOOD,  e E. CRAWFORD

Horn matou o 1º. homem num duelo, tratando-se dum militar mexicano, resultado duma disputa com mulheres da vida.
Em Novembro de 1885, ganhou amizade com o capitão Emmet Crawford, no forte Bowie.
Depois da guerra, e com o dinheiro que juntou, formou um rancho no Arizona, em Aravaipa Canyon. Consistia em cem cabeças de gado e vinte e seis cavalos. Infelizmente, pouco tempo depois, ladrões de gado levaram-lhe toda a manada. Este incidente levou Horn a trabalhar no Colorado durante um curto prazo de tempo como xerife, onde obteve a atenção para ser contratado como detective pela “Pinkerton National Detective Agency”.

Em 1889, fez investigações no Colorado, Wyoming e nas Montanhas Rochosas, tendo-se fixado em Denver. Ficou famoso por manter a calma sob pressão, pela extrema habilidade no manejo de armas, e pela perícia em seguir pistas.
Numa das buscas, Horn cavalgou durante dias no encalce de um bando de malfeitores e conseguiu prender o fora-da-lei “Peg-Leg” Watson, sem ter que disparar a sua arma.

Como detective, entre 1889 e 1894, consta-se ter morto 17 homens em vários tiroteios.
A sua saída como detective deveu-se a um hipotético roubo no Estado do Nevada e, não tanto à morte dos meliantes que seguia.
Após 1894, Horn empenhou-se como protector para com os ricos rancheiros de Wyoming e Colorado, especialmente durante a guerra “Johnson Country”.
Em 1895, Horn matou um vaqueiro conhecido – William Lewis, depois de Lewis ter tentado matá-lo e, em 6 de Setembro desse mesmo ano, Horn assassinou o patrão de Lewis – Fred Powel.
Embora tivesse a designação de detective por conta própria, já nesta altura, a realidade constava como sendo um caçador de prémios recebendo 600 dólares por cada bandido que aprisionava ou, matava.
Em 1900 esteve implicado na morte de dois arruaceiros e ladrões no Noroeste do Colorado.
Depois de ter servido o exército aquando da guerra contra Espanha por um período curto, em 1901, após ter serenado uma confusão num bar com um lutador de boxe, Tom Horn foi convidado com uma oferta de trabalho pelo rancheiro de Wyoming – John C. Cole.
Este, que se encontrava com problemas relacionados com o roubo do seu gado, propôs a Tom, apoiado por outros rancheiros da “Associação” e pelo delegado Joe Belle, que perseguisse os ladrões, matando-os ou, expulsando-os da região. Tom executou o trabalho usando a eficiência mortal com o seu rifle 45-60, mas a sua violência incomodou os seus contratantes que temeram que os seus nomes ficassem ligados ao tiroteio. Resolveram livrarem-se de Tom Horn solicitando ao delegado Belle que cuidasse do caso.
Em 19 de Julho de 1901, Tom Horn encontrava-se no local onde Willie Nickell, jovem de 14 anos de idade, filho de um rancheiro, foi assassinado. 
Este acontecimento deu-se nas montanhas do Estado de Wyoming. Horn foi preso com a acusação de crime, apesar de ter sempre negado até à sua morte. Preso pelo xerife Joe Lefors, em 1903, foi condenado à forca pelo executor de justiça Walter Stoll, em 20 de Novembro de 1903.
Investigações posteriores revelaram que o objectivo do assassino foi devido à má convivência entre famílias vizinhas, Miller e Nickel, um, rancheiro outro, criador de ovelhas.
JIM MILLER
Durante o julgamento, Horn terá confessado vagamente o crime e sob uma forma incerta porque, tinha sido embriagado pelos juristas um pouco antes do interrogatório. 
Algumas declarações do condenado foram distorcidas para o condenarem em definitivo. As testemunhas em sua defesa foram assediadas, incluindo o próprio xerife Lefors, que acabou por depor contra ele.
Glendolene M. Kimmel, professora de escola do assassinado Willie Nickel, e suposta namorada de Tom Horn, ainda depôs a favor do acusado afirmando que o criminoso deveria ter sido da família Miller, rancheiro que reclamava as pastagens pertencentes a Nickell, pai da vítima. Contestou relatando que no dia da morte do rapaz, Jim Miller se encontrava nervoso, situação que se aproximava às quezílias existentes relacionadas com o pastoreio e com as terras contíguas às duas famílias – Nickell e Miller.
Nesta ocasião de acusações, Tom Horn perdeu em função do seu passado, mas perdura a dúvida como criminoso neste acto.
No “Velho Oeste Americano”, somente os pistoleiros Wild Bill Hickok, John Wesley Hardin e James “Killer” Miller, superaram Tom Horn em número de mortos.
JURI,  TOM HORN,  ARMA DE HORN e CALABOIÇO

Acusado de assassino e, pouco antes de completar o seu 43º. aniversário, foi enforcado na cidade de Cheyenne, no Estado de Wyoming.
O seu corpo foi levado pelo seu irmão Charles para a cidade de Boulder, no Colorado, e sepultado no cemitério desta cidade.



Até breve                                                                                   
O amigo

1 comentário: