o reino com a sua língua e costumes. Os chefes lundas e o povo continuaram a viver na região lunda porém diminuídos de poder.
No início da era colonial (1884) o coração da terra lunda foi dividido entre a Angola portuguesa, o Estado Livre do Congo do rei Leopoldo II da Bélgica e o noroeste da britânica Rodésia, que viriam a tornar-se em Angola, R.C.Congo e Zâmbia, respectivamente.
Há muitos séculos atrás tinham sido um povo só. Lunda e Chokwe saíram do mesmo núcleo, a grande diferença é que os Lunda ficam no seu território desde sempre, os Chokwe transformam-se num grupo de extrema mobilidade que a partir do século XVI percorre todo o país. São essencialmente caçadores e comerciantes saindo, por isso, em busca de marfim borracha, etc. Essa extrema mobilidade não lhes permite desenvolver estruturas políticas tão pesadas como era a hierarquia da Mussumba, por isso fazem aquilo que se chama a diáspora Chokwe, inflectem para o sul, dividem os Nganguela ao meio. Angola tem Chokwe em todo o Leste do território. No final do século XIX os Chokwe regressam ao seu território de origem, tomam, militarmente, o poder dos Lunda e absorveram as suas instituições. As duas realidades Chokwe no século XIX misturam-se outra vez.
A invasão Chokwe é coincidente com a conferência de Berlim, e o traçar das fronteiras em África leva a que do lado de Angola fiquem misturados Lundas e Chokwes, mas a Mussumba do Matchiamvua que era a sede do poder Lunda fica do lado do Zaire por imperativos da conferência de Berlim.
In História de Angola
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