"A CONQUISTA DO OESTE AMERICANO"

PIONEIROS / EXPLORADORES

JEDIDIAH SMITH - 1799 – 1831

     Jedediah Strong Smith nasceu em 6 de Janeiro de 1799 e faleceu em 27 de Maio de 1831. Foi caçador, explorador e comerciante de peles. Percorreu e explorou a região das Montanhas Rochosas, a costa do Pacífico e o Sudoeste Americano. Foi o quarto filho num conjunto de onze irmãos. Nas suas explorações por locais inexplorados, Jedediah contribuiu para a abertura de novas rotas no Oeste Americano dando possibilidade à expansão dos colonizadores. Foi o primeiro homem branco a atravessar o que viria a ser o Estado de Nevada, a cruzar o Estado do Utah, de Norte para Sul, e de Oeste para Este. Foi também o primeiro homem de raça branca a introduzir-se na Califórnia pela via continental e a escalar a Montanha de High Sierras, assim como a explorar o interior do Pacífico desde São Diego até às margens do Rio Columbia.  

     Todas estas rotas foram palmilhadas por muitos pesquisadores de ouro e colonos, aquando da Corrida ao Ouro na Califórnia. Foi o velho “Jed” que desbravou estes caminhos poucos anos antes, como caçador e comerciante de peles, rota que se iniciava em Folsom e terminava em Sacramento. 

PRINCIPAIS EXPLORAÇÕES DE SMITH:

WILLIAM ASHLEY

Exploração do Oeste – Smith nasceu em Jericho, Nova Iorque, mas ainda como criança, mudou-se com a sua família para a Pensilvânia e, posteriormente, para o Estado de Ohio.

     Em 1822, Smith viajou para S. Louis a fim de se juntar à Companhia Americana de Negócios de Peles organizada pelo General William Ashley e Andrew Henry. A sua ascendência, na América, remonta ao ano de 1634 com a chegada de um familiar inglês pertencente aos huguenotes e com ligação a França, chamado Thomas Bascon, e que foi polícia em Northampton, Massachusetts.Depois de ter invernado perto de Yellowstone River, Smith regressou ao Missouri para se encontrar com o General Ashley. Ambos se juntaram junto do Grand River onde participaram numa grande batalha contra os peles vermelhas Arikaras em que resultou na morte de trinta homens de Ashley. Smith, ficou reconhecido nessa batalha como sendo um dos maiores bravos.

ARIKARA

     Logo após longas caçadas e explorações nas áreas anexas a Green, Bear, Snake, e Clark´s rivers, Smith tornou-se o principal negociador de Ashley. No verão de 1826, Smith comprou a parte da Companhia de Peles ao seu patrão e aglomerou como sócio, David Jackson e William Sublette. Foi nessa altura que resolveu entrar na exploração de caminhos que seguiriam para a Califórnia.

     Smith, acumulou mais fama quando dirigiu uma equipa de exploradores tendo redescoberto a Passagem de South Pass, rota importante de penetração para o Oeste Americano. Essa Passagem já era conhecida pela tribo índia dos Crows e permitia encurtar o caminho para as Montanhas Rochosas para quem viesse de St. Louis, no Missouri. Foi o primeiro explorador a alcançar o Oregon no prosseguimento de viagem para a Costa Californiana.

     Com facilidade, reconheciam este aventureiro pela sua expressão facial desfigurada, arranhada por um urso pardo no Rio Cheyenne. Foi um cristão devoto. A Bíblia e a sua carabina eram objectos inseparáveis nas suas investidas por terras desconhecidas. Na sua época, foi o homem que mais trilhou rotas ainda virgens se tivermos que relacioná-lo com outros aventureiros e caçadores.

Primeira viagem à Califórnia – 1826 – 1827

Smith realizou duas viagens à Califórnia nos anos de 1826 a 1828, pelo que lhe causou problemas com as 

ZEBULON PIKE

autoridades locais. Os mexicanos, residentes nestas paragens, não viam com bons olhos a intromissão americana. Anteriormente, já tinham tido a invasão por parte doutra expedição de cariz militar comandada por Zebulon Pike. Embora não agindo como militar, mas como comerciante, Smith já se tinha introduzido em território mexicano sem autorização prévia. Esta primeira viagem teve como principal intenção descobrir novos terrenos para a caça ao castor. Smith seguindo o Rio Colorado acima, e para o Oeste profundo, deparou-se com uma região inóspita. Para preparar o seu regresso e com as provisões à míngua, resolveu pesquisar a Califórnia. Depois de ter percorrido terras áridas do Deserto de Mojave, o grupo explorador foi atacado pelos índios Mahaves que lhes causaram vários mortos. Encontrou um abrigo numa aldeia Mojave, onde recuperou forças e utilizou dois guias que os conduziram à Missão de São Gabriel, ficando a salvo. Estes guias continuaram a conduzir o grupo de Smith através do deserto e Vale da Morte. Passando pelo Lago Soda, seguiram o Rio Mojave até às Montanhas de São Bernardino atingindo o ponto mais alto identificado como “The Community of Etiwanda”, na Califórnia. 

Segunda viagem à Califórnia – 1827 – 1828

     Smith voltou à Califórnia apesar da advertência da autoridade mexicana. Juntamente com dezoito homens e duas mulheres índias, seguiu o Rio Colorado e pelo deserto Mojave, os quais já conheciam bem. No Rio Colorado, o grupo foi atacado pelos índios que mataram dez dos seus homens e raptaram as duas mulheres. Mais uma vez os restantes sobreviventes foram bem recebidos na Missão de São Gabriel. Este grupo de exploração moveu-se para Norte a fim de se juntar ao grupo que os aguardava no Vale de São Joaquim. Após largos meses de permanência em terras de Sacramento, Smith regressou ao território americano pela rota do Rio Columbia.

Viagem ao Estado de Oregon

    

     No Oregon, Smith e o seu grupo de exploração entrou em conflito com a tribo dos Umpquas por causa de um machado roubado. Os homens de Smith propunham-se executar o pele vermelha acusado do roubo. Mais tarde, o grupo de Smith foi atacado e quinze companheiros, dentro do bando dos dezanove, foram mortos. Smith dirigiu-se para a Companhia de Hudson´s bay, situada no Forte de Vancouver, para escapar a esta carnificina. Aqui, o Governador George Simpson ajudou Smith e tratou os índios de forma castigadora. Chamou Alexander Mcleod e destinou-o a combater os agressores recuperando os haveres sacados a Smith durante a escaramuça. Retornou com setecentas peles de castor e trinta e nove cavalos, tudo em mau estado

     John Mcloughlin, comandante do Forte de Vancouver, pagou a Smith dois mil e seiscentos dólares pela sua mercadoria, como recompensa do sucedido. 

Expedição ao território dos Blackfeet – 1829 – 1830

       JIM BRIDGER       

    Em 1829, o capitão Smith organizou uma expedição ao território índio da tribo Blackfeet. Smith, ainda conseguiu fazer uma boa caçada de castores antes de ser perseguido pelos hostis peles vermelhas. Foi aqui que Jim Bridger serviu como guia ao longo do Rio Powder. Durante os quatro anos que se seguiram a Companhia de Smith, Jackson e Sublette, conseguiu obter bons resultados no comércio de peles. Em 1830, Smith e os seus sócios, venderam a sua Companhia de Peles, em Wild River, a Jim Bridger, notável caçador e montanheiro. Jim Bridger, e os seus sócios formaram a Sociedade de Peles das Montanhas Rochosas. Foi nesta altura que Smith regressa à sua cidade de S. Louis.

    

Morte

     Já no fim da sua carreira, Smith envolveu-se no comércio de peles em Santa Fé. Estabeleceu-se neste negócio em Maio de 1831 na altura em que se separou do grupo de exploradores que procuravam nascentes de água. Foi o abandono definitivo perante as explorações apesar do grupo ter aguardado pelo seu reencontro na cidade de Santa Fé.

     Um pouco mais tarde, companheiros exploradores de Smith, descobriram que um comerciante mexicano se encontrava a vender objectos pessoais do grande explorador Smith. Questionado sobre a possível aquisição desses bens, o comerciante informou que os tinha adquirido através dum bando de caçadores de índios Comanches. Estes, afirmaram que tinham obtido os pertences duma pessoa branca que fora morta perto do Rio Cimarron, a Sul da cidade de Ulysses, Kansas. O corpo de Smith nunca foi encontrado!...

     Posteriormente, soube-se que os Comanches tinham atacado Smith que seguia com mais quatro bravos caçadores através de uma garganta num Canyon. Ainda conseguiu matar um pele vermelha porém, foi dominado e morto nessa ocasião.

                                                                 

Até breve                                                                                   

O amigo Vítor Oliveira  -- Ocart