terça-feira, 15 de setembro de 2020

VATICANO - PRAÇA DE S. PEDRO, HISTÓRIA DO OBELISCO


No ano de 37 d. C., no Império de Calígula, e como troféu de guerra, um enorme obelisco foi transportado de navio desde a cidade egípcia de Heliópolis, até Roma para ser colocado no Circus Maximum, o hipódromo (arena) do Imperador.


Segundo se consta, a esfera de metal que se localizava no topo do obelisco, continha as cinzas de Júlio César, substituídas posteriormente por um pedaço do Lignum Crucis, madeira da cruz onde pregaram Cristo. 
Mais tarde, o Papa Sixto V, como parte do plano para embelezar Roma, ordena a transferência do obelisco para a frente da Basílica do Vaticano, famoso como a “testemunha muda”, pois ao lado dele, Pedro foi crucificado no Circo de Nero. Dez de Setembro de 1586, novecentos homens com 150 cavalos, incontáveis talhas e centenas de metros de corda, tentam pôr de pé, no centro da Praça de S. Pedro, em Roma, o enorme obelisco egípcio de 350 toneladas, com mais de 25 metros de altura e mais de 4.000 anos de idade.

Forçados a permanecer em silêncio, sob pena de morte, os trabalhadores começam a içar a enorme pedra de granito rosa, mas devido à fricção das cordas, estas começam a esquentar e a fumegar, e todos começam a esmorecer até que, por toda a Praça de S. Pedro, ressoa um forte grito: 

“AQUA ALLE FUNNI” 

Era o capitão Bresca, marinheiro de Ligúria, sabedor de que as cordas de linho rebentavam se não fossem molhadas, e arriscando-se sem temer de ser enforcado lança a sua voz para salvar o bloco de pedra, talhado em Assuão (Egipto). 
O capitão Bresca foi imediatamente detido e levado diante do Papa. Mas Sixto V, em vez de castigá-lo, recompensou-o, concedendo-lhe o privilégio de içar a bandeira do Vaticano no seu navio. 
Também lhe foi concedido e para os seus herdeiros, o direito de vender com exclusividade, palmas do Domingo de Ramos na Praça de S. Pedro. 
E…desde muitos séculos, os descendentes dele continuam com essa prerrogativa papal de fornecer ramos de palmeiras na Praça. 
“Aqua Alle Funni”, grito dado em dialecto genovês e convertido em símbolo contra o poder. 
Utilizado para ressaltar a coragem e a valentia de alguém contra a prepotência, antepondo o bem comum ao próprio risco, sem se importar com consequências pessoais. 

MUITO RARO HOJE EM DIA!...


Nota: Compilação e arranjo feito por V. Oliveira

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