terça-feira, 26 de maio de 2020

FORAM PORTUGUESES OS PRIMEIROS EUROPEUS A CHEGAR À AUSTRÁLIA



O primeiro contacto europeu com o continente do Sul, Austrália, teria sido efectuado por navegadores portugueses, embora não haja referências a esta viagem ou viagens nos arquivos históricos de Portugal. A principal evidência para estas visitas, não declaradas, foi a descoberta de dois canhões portugueses afundados ao largo da baía de Broome na costa noroeste da Austrália. A tipologia dessas peças de artilharia indica serem de fabricação portuguesa, podendo ser datadas entre os anos de 1475 e 1525.
Por outra fonte, e segundo a agência de notícias Reuters, foi encontrado um novo mapa que prova que não foram os ingleses nem os holandeses que descobriram a Austrália, mas antes os navegadores portugueses. 
Este mapa do século XVI, com referências e informações pertinentes escrito em português, foi encontrado numa biblioteca de Los Angeles e prova que foram navegadores portugueses os primeiros europeus a descobrir a Austrália. O mapa assinala com detalhe e acuidade, várias referências da costa Este Australiana, tudo relatado em português, provando que foi a frota de quatro barcos liderada pelo explorador «Cristóvão de Mendonça» quem efectivamente descobriu a Austrália no longínquo ano de 1522.

A expedição de Cristóvão de Mendonça partiu de Malaca para o sul em busca das "ilhas de ouro" (1522). Mas também é abordada a expedição de Gomes de Sequeira (1525) que supostamente teria atingido a Península de York. Para reforço destas teses evoca-se o estabelecimento pelos portugueses em 1516 de um entreposto comercial em Timor, que fica a cerca de 500 quilómetros da Austrália.
Desta forma, os factos são agora invertidos, pois foi o navegador português a fazer tão importante descoberta, cerca de 250 anos antes do Capitão James Cook a ter reclamado junto da coroa inglesa, em 1770.
Na altura, a descoberta de Cristóvão de Mendonça, agora suportada por um rol de historiadores, graças aos vários descobrimentos lusos que ocorreram ao longo das costas Neozelandesa e Australiana durante o século XVI, foi mantida em segredo como forma de prevenir e impedir que outras potências europeias alcançassem e se apoderassem deste novo e fantástico pedaço de terra.

ADENDA: POR HERMINIUS LUSITANO

O que pode significar esta nova descoberta? Muita coisa... Mas acima de tudo prova que os aborígenes australianos e os portugueses têm muito em comum - uma paixão feroz pelo Oceano. Recordemos que os aborígenes da Austrália descendem de emigrantes africanos que povoaram a Ásia há 60 mil anos, cruzando o mar utilizando canoas e toscas embarcações. Gente que demonstrou muita coragem ao enfrentar o imenso desconhecido, uma similitude com os navegadores portugueses.


Austrália no Atlas de Vallard
Mapa desenhado por Cristóvão de Mendonça



      "Terra Java" (Costa Oriental da Austrália?)

Há muito que a descoberta da Austrália por James Cook, levantava dúvidas aos historiadores. O historiador australiano, Peter Trickett, vem agora contrariar o que se ensinou nos últimos 237 anos: Afinal, a Austrália foi descoberta pelos portugueses.
O livro com o título “Para além do Capricórnio” da autoria de Peter Trickett, (jornalista australiano e repórter de investigação especializado em temas de ciência e história), o autor explica de uma maneira muito simples, vários achados e danças cerimoniais que estão enraizadas nos aborígenes, que provam a passagem do Capitão Cristóvão de Mendonça que cartografou a costa da Austrália.
Nesses achados consta um canhão encontrado em local sagrado aborígene em Carronade Island, na costa de Kimberley, que é comparado a uma réplica de um canhão Português do Século XVI (o livro mostra as fotos e são mesmo idênticos). Foi encontrado também um pote de cerâmica de estilo Português (também há foto do pote) pescado do leito do oceano ao largo de Gabo Island, e datado cientificamente como sendo do ano 1500 que provavelmente conteria vinho ou azeitonas.
Encontrados também artefactos de pesca numa praia de Fraser Island, Queensland, contendo um peso de chumbo que foi datado cientificamente como sendo de cerca de 1500 e o chumbo identificado como sendo originário de uma mina de Portugal ou no sul de França. Os nomes "aportuguesados" que Cristóvão Mendonça deu a vários pontos da costa, explicados e traduzidos pelo autor do livro é fascinante. Até a fisionomia de alguns aborígenes com alguns traços europeus, são por ele explicadas.
Já em 1512, um dos barcos de uma pequena armada de António Abreu, teria navegado por aqueles mares da costa Australiana, mas disso sabe-se pouco, até porque com medo da cobiça, os nossos Reis impunham segredo.
Em 1589, Gabriel Rebelo, feitor e alcaide-mor das Molucas, dá notícias de um continente a Sul da Nova Guiné, que os portugueses já conheceriam por explorações próprias.
Segundo o historiador e filólogo Carl von Brandenstein, os portugueses teriam naufragado no noroeste da Austrália Ocidental, perto da ilha de Depuch, entre 1511 e 1520, tendo sido os primeiros europeus a tocar a Austrália, de onde não puderam sair. Estes portugueses acabariam por se integrar com a população local, deixando marcas culturais assimiladas pelos aborígenes. A fundamentação das suas teorias encontra-se na análise das línguas das etnias Ngarluma e Karriera (tribos da Austrália Ocidental), que apresentam particularidades que não se detectam nas outras línguas aborígenes, como o uso da voz passiva. Von Brandenstein apresenta também uma lista de palavras destas línguas que alega terem uma origem portuguesa (exemplos: thartaruga de tartaruga, monta/manta de monte, thatta de tecto).
Para os partidários da tese da prioridade portuguesa, os navegadores lusitanos não reclamaram o continente para a coroa de Portugal e mantiveram a descoberta aparentemente em silêncio. Os motivos do secretismo desta eventual iniciativa estariam relacionados com o Tratado de Tordesilhas, que determinava que a zona da Austrália seria, quando descoberta, propriedade da coroa espanhola. Para adensar o mistério, os eventuais registos e notas de bordo destas expedições devem ter desaparecido na destruição do Terramoto de Lisboa de 1755.

Notas: Compilação feita por V. Oliveira 

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