terça-feira, 7 de janeiro de 2020

SERRA DE AIRE E CANDEEIROS


O Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros está enquadrado no maciço calcário Estremenho (que vai desde a Ota até Coimbra), correspondente a um grande bloco de calcários Jurássicos com milhões de anos.

FÓRNEA 
É uma formação geológica particular parecida com um anfiteatro natural. Este fenómeno é devido a uma depressão cavada pela erosão ao longo de milhões de anos. Tem 500 metros de diâmetro e 205 metros de altura. Fórnea…parecida a um “forno”. COVA DA VELHA, é a nascente natural que alimenta o ribeiro da Fórnea.
VALE DE MEIOS 
A jaziga de pegadas de dinossauros de Vale de Meios é constituída por uma laje calcária com cerca de 11 mil metros quadrados, com centenas de trilhos de dinossauros, (Terópodes, dinossauros carnívoros, e pelo menos duas pistas de Sarópodes herbívoros do Jurássico Médio, mais propriamente da era Batoniana), plataforma que ligou a Ibéria e a Terra Nova e onde existiu uma grande massa de água salgada com pouca profundidade, um mar epicontinental – com águas quentes, calmas e límpidas. Estas pegadas têm cerca de 160 milhões de anos e foram descobertas em 2000.

ALGAR DA PENA 
No carso profundo do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros situa-se esta gruta, até hoje considerada a maior Sala Subterrânea do país. A cerca de 50 metros de profundidade é possível admirar uma enorme profusão de espeleotemas de formas variadas e invulgares.

POLDJE DE MINDE 
É o “mar” de Minde, vasta lagoa que se cria quando os terrenos atingem um nível de saturação que não lhes permite absorver mais água.



OLHOS DE ÁGUA DO ALVIELA

Praia Fluvial




PEDREIRA DO GALINHA

A jazida paleontológica da Pedreira do Galinha é uma laje calcária com 40 mil metros quadrados, que no Jurássico médio, mais precisamente na transição do Bajociano-Batoniano à 175 milhões de anos, constituía o fundo de uma laguna litoral confinada, com uma profundidade muito reduzida, que era invadida periodicamente pela água do mar. 
Num clima quente e húmido, a vegetação era abundante o que permitia que grandes dinossauros herbívoros permanecessem nesta região. E assim, vários saurópodes deixaram o testemunho da sua passagem pela laguna, pisando as lamas carbonatadas que foram sobrepostas por outros sedimentos, compactadas e petrificadas, transformando-as ao longo do tempo em rochas calcárias. 
Na Pedreira do Galinha existem identificados vinte trilhos de dinossauros saurópodes mas dois desses trilhos são especiais. Além de serem os mais longos e bem preservados trilhos de saurópodes do Jurássico médio conhecidos em todo o Mundo, estas pistas apresentam também características únicas a nível mundial. Existem mais de mil pegadas.

Nessa altura, a Europa ainda se encontrava ligada à América do Norte, formando o super continente conhecido por Pangeia e entre a Ibéria e o actual Canadá, existia um mar pouco profundo e de águas límpidas.
Estes herbívoros, saurópodes, animais herbívoros, e de grande porte, chegavam a ter 30 metros de comprimento e 70 toneladas de peso, para quem, esta paisagem de floresta abundante, era o lar perfeito, sendo desta espécie, a maioria das pegadas encontradas. 

VENTAS DO DIABO

Cavidade rochosa situada nas encostas da Poldje de Minde, em forma de nariz (venta).


TÚNEIS DOS COMBOIOS

Passagens da antiga linha de caminho de ferro que fazia o transporte de carvão das minas da Bezerra para Porto de Mós. 

GRUTAS

Existem pelo menos 1.500 grutas já identificadas


ESTRADA ROMANA DE ALQUEIDÃO DA SERRA



A Estrada Romana do Alqueidão da Serra foi criada para facilitar o escoamento de ferro extraído nos Vieiros na Figueirinha e Zambujal, e vai até Tomar, pela Bouceiros.
No local permanece até hoje o traçado da estrada Romana de Carreirancha. Foi este o caminho que conduziu Nuno Álvares Pereira ao Campo Militar na véspera da Batalha de Aljubarrota em 14 de Agosto de 1385. A estrada tem 100 metros de comprimento e quatro metros de largura máxima, e foi construída entre os séculos I a.C. e I d.C.
PRAIA JURÁSSICA DE SÃO BENTO
Há cerca de 170 milhões de anos, grande parte da Europa ainda se encontrava ligada à América do Norte. Entre a Ibéria e a Terra Nova, existia um mar pouco profundo de águas mornas e límpidas. O clima era quente e húmido e a vegetação exuberante.
A pequena povoação de S. Bento, no Planalto de S. António, era na altura uma zona litoral com águas que não ultrapassariam um a dois metros de profundidade. Na zona
de maré, existia uma fauna abundante com inúmeras espécies de estrelas-do-mar, crustáceos, peixes, ouriços e lírios do mar, entre outros. Mas algo acontecia súbita e ciclicamente neste ambiente idílico. Tempestades repentinas, ou outros eventos de curta duração, soterravam a fauna desta região. Os seus exemplares, incrivelmente preservados na rocha calcária, podem hoje, milhões de anos mais tarde, ser admirados na Jazida de Equinodermes do Cabeço da Ladeira – A PRAIA JURÁSSICA. Contém cerca de 60 fósseis. 
Numa área com cerca de 2 mil metros quadrados, a jazida apresenta sete estratos calcários da Formação de Chão de Pias, com cerca de 170 milhões de anos – Jurássico Médio (Bajociano superior), mas os vestígios fósseis encontram-se em somente quatro dessas superfícies de estratificação. 










Por: 
VITOR OLIVEIRA

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