S. PEDRO DE MOEL – UMA
TAMARGUEIRA CENTENÁRIA!...
Não, não é aquela que foi plantada por Abraão, em
Berseba, onde ele invocou o nome do Senhor, Deus eterno.
Mas esta, também tem a sua estória!...
No banco submerso à sua copa, namoraram muitos jovens.
Por cima, numa braça pendente, ferida pelo tempo, afixavam-se numa tabuinha,
muitos versos românticos. E, nessa fenda cavada no tronco já retorcido, jaz há
muitos anos dois nomes cinzelados num símbolo amoroso.
Recentemente, alguém, já velhinho, me confessou:
"Sabes Vítor...há cinquenta anos atrás escrevi algo naquele tronco, mas a
fenda que escondeu o meu segredo encontrava-se voltada para o casario, a Norte.
Hoje, relembro o meu namoro sempre que vejo o que escrevi, mas o tronco deu-lhe
uma volta. A fenda ficou exposta a Sul, ao calor do Sol, mantendo acesa e viva
a alma daquele que a cinzelou. EU!"
E nessa giratória temporal da Tamargueira...ainda
perdura a recordação reluzente de um grande amor!
O casal ainda se mantém no andamento ondulante do carrossel
centenário desta relíquia de S. Pedro de Moel!...
Quando roço esta Tamargueira de carapinha, afago-a com
a mão, porque...não é uma simples árvore. É simplesmente AQUELA outra, plantada
à beira mar - farol de muitos tempos!...
Vitor Oliveira
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