BANDIDOS
TOM HORN – 1860 – 1903
Tom
Horn, nasceu em 21 de Novembro de 1860 e faleceu em 20 de Novembro de 1903. Foi um homem de leis,
batedor, soldado, atirador contratado, detective, fora-da-lei e assassino.
Tom Horn era filho de Thomas S. Horn e de Mary Ann Maricha,
com ascendência alemã. A família vivia da agricultura no Nordeste do condado
escocês, perto de Memphis, no Missouri. Tom, foi o quarto filho de mais sete
irmãos.
Aos 16 anos saiu de casa e
viajou para o Sudoeste Americano, enveredando como milícia na cavalaria do
exército. Anos mais tarde, fez de intérprete aquando da guerra contra os
Apaches, e numa altura em que Gerónimo, chefe guerreiro índio, se rendeu a Charles B. Gatewood. Também, tomou
parte na guerra, no Arizona, “The Pleasant Valley”, entre vaqueiros e criadores
de ovelhas.
THOMAS S. HORN, G. KIMMEL, GERONIMO, C. GATEWOOD, e E. CRAWFORD |
Horn matou o 1º. homem num
duelo, tratando-se dum militar mexicano, resultado duma disputa com mulheres da
vida.
Em Novembro de 1885, ganhou amizade com o capitão Emmet Crawford, no forte Bowie.
Depois da guerra, e com o
dinheiro que juntou, formou um rancho no Arizona, em Aravaipa Canyon. Consistia
em cem cabeças de gado e vinte e seis cavalos. Infelizmente, pouco tempo
depois, ladrões de gado levaram-lhe toda a manada. Este incidente levou Horn a
trabalhar no Colorado durante um curto prazo de tempo como xerife, onde obteve
a atenção para ser contratado como detective pela “Pinkerton National Detective
Agency”.
Em 1889, fez investigações no Colorado, Wyoming e nas Montanhas
Rochosas, tendo-se fixado em Denver. Ficou famoso por manter a calma sob
pressão, pela extrema habilidade no manejo de armas, e pela perícia em seguir
pistas.
Numa das buscas, Horn
cavalgou durante dias no encalce de um bando de malfeitores e conseguiu prender
o fora-da-lei “Peg-Leg” Watson, sem ter que disparar a sua arma.
Como detective, entre 1889 e 1894, consta-se ter morto 17
homens em vários tiroteios.
A sua saída como detective
deveu-se a um hipotético roubo no Estado do Nevada e, não tanto à morte dos
meliantes que seguia.
Após 1894, Horn empenhou-se como protector para com os ricos rancheiros
de Wyoming e Colorado, especialmente durante a guerra “Johnson Country”.
Em 1895, Horn matou um vaqueiro conhecido – William Lewis, depois de Lewis ter tentado matá-lo e, em 6 de
Setembro desse mesmo ano, Horn assassinou o patrão de Lewis – Fred Powel.
Embora tivesse a designação
de detective por conta própria, já nesta altura, a realidade constava como
sendo um caçador de prémios recebendo 600 dólares por cada bandido que
aprisionava ou, matava.
Em 1900 esteve implicado na morte de dois arruaceiros e ladrões no
Noroeste do Colorado.
Depois de ter servido o
exército aquando da guerra contra Espanha por um período curto, em 1901, após ter serenado uma confusão
num bar com um lutador de boxe, Tom Horn foi convidado com uma oferta de
trabalho pelo rancheiro de Wyoming – John
C. Cole.
Este, que se encontrava com
problemas relacionados com o roubo do seu gado, propôs a Tom, apoiado por
outros rancheiros da “Associação” e pelo delegado Joe Belle, que perseguisse os ladrões, matando-os ou, expulsando-os
da região. Tom executou o trabalho usando a eficiência mortal com o seu rifle
45-60, mas a sua violência incomodou os seus contratantes que temeram que os
seus nomes ficassem ligados ao tiroteio. Resolveram livrarem-se de Tom Horn
solicitando ao delegado Belle que cuidasse do caso.
Em 19 de Julho de 1901, Tom Horn encontrava-se no local onde Willie Nickell, jovem de 14 anos de
idade, filho de um rancheiro, foi assassinado.
Este acontecimento deu-se nas
montanhas do Estado de Wyoming. Horn foi preso com a acusação de crime, apesar
de ter sempre negado até à sua morte. Preso pelo xerife Joe Lefors, em 1903, foi
condenado à forca pelo executor de justiça Walter
Stoll, em 20 de Novembro de 1903.
Investigações posteriores revelaram que o
objectivo do assassino foi devido à má convivência entre famílias vizinhas,
Miller e Nickel, um, rancheiro outro, criador de ovelhas.
JIM MILLER |
Durante o julgamento, Horn
terá confessado vagamente o crime e sob uma forma incerta porque, tinha sido
embriagado pelos juristas um pouco antes do interrogatório.
Algumas declarações
do condenado foram distorcidas para o condenarem em definitivo. As testemunhas
em sua defesa foram assediadas, incluindo o próprio xerife Lefors, que acabou
por depor contra ele.
Glendolene
M. Kimmel, professora de escola do assassinado Willie Nickel, e
suposta namorada de Tom Horn, ainda depôs a favor do acusado afirmando que o
criminoso deveria ter sido da família Miller, rancheiro que reclamava as
pastagens pertencentes a Nickell, pai da vítima. Contestou relatando que no dia
da morte do rapaz, Jim Miller se
encontrava nervoso, situação que se aproximava às quezílias existentes
relacionadas com o pastoreio e com as terras contíguas às duas famílias –
Nickell e Miller.
Nesta ocasião de acusações,
Tom Horn perdeu em função do seu passado, mas perdura a dúvida como criminoso
neste acto.
No “Velho Oeste Americano”,
somente os pistoleiros Wild Bill Hickok, John Wesley Hardin e James “Killer”
Miller, superaram Tom Horn em número de mortos.
JURI, TOM HORN, ARMA DE HORN e CALABOIÇO |
Acusado de assassino e,
pouco antes de completar o seu 43º. aniversário, foi enforcado na cidade de
Cheyenne, no Estado de Wyoming.
O seu corpo foi levado pelo
seu irmão Charles para a cidade de Boulder, no Colorado, e sepultado no cemitério
desta cidade.
Bem interessante. Quero mais.
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