
Duarte de Almeida, "o Decepado", era natural de Vila Pouca de Aguiar, Vila Real, foi um militar português e Alferes-Mor do rei D. Afonso V.
Filho de João Fernandes de Almeida, Senhor da Torre e Castelo de Vilharigues, e de sua mulher, neto paterno de Fernando Anes de Almeida, Senhor da Torre e Castelo de Vilharigues, e de sua mulher, e bisneto de João Fernandes, Clérigo, e de Sancha Fernandes de Almeida, filha de Fernando Fernandes de Almeida, 3.º Senhor da Honra de Almeida, e de sua mulher Maria Vasques.
Alferes-Mor de D. Afonso V de Portugal e tornou-se célebre pelo seu acto de valentia na Batalha de Toro, que decorreu a 1 de Março de 1476.
Apesar de todas as referências discretas e de ser homenageado em Espanha, é um símbolo admirável e indiscutível de patriotismo para os portugueses em particular.
Aconteceu porque o rei D. Afonso V apoiava o direito legitimo da sua sobrinha (e prevista esposa em segundas núpcias) ao trono castelhano, razão por que se deu a dita batalha. Duarte de Almeida estava responsável pelo estandarte real que defendeu incansavelmente mesmo depois de lhe terem cortado as mãos, segurando-o com os braços e com os dentes até ser aprisionado pelas tropas castelhanas. A bandeira foi, entretanto, recuperada por Gonçalo Pires Bandeira, que, desta forma, ganhou o seu apelido e armas novas. No fim da batalha, o Alferes foi conduzido semimorto para o acampamento castelhano, onde recebeu os primeiros curativos, sendo depois enviado para um hospital em Castela. Depois de tratado e só passados vários meses regressou a Portugal para viver com a família nas suas casas da Rua Nova da Judiaria, em Santarém.
Afirma-se que Duarte de Almeida faleceu na miséria e quase esquecido, Camilo Castelo Branco porém, nas "Noites de Insónia" afirma que o Decepado não acabara tão pobre como se dizia, porque além de Senhor da Torre e Castelo de Vilharigues, que herdara de seu pai, possuía a Casa e Quinta da Cavalaria, e enquanto esteve na guerra, a sua mulher Maria de Azevedo, única filha de Álvaro Rodrigues Valente, 1º Senhor da Lousã, e de sua mulher Leonor Gomes de Azevedo, havia herdado boa fortuna duma sua tia materna, Inês Gomes de Avelar, filha sucessora de Sancho Gomes de Avelar e de sua mulher Guiomar Gomes de Azevedo. D. Afonso V, um ano antes da batalha, estando em Zamora, lhe fizera mercê, pelos seus grandes serviços.
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