7º. FILHO DE D. JOÃO I E DE FILIPA DE LENCASTRE
D. João I e Filipa de Lencastre dão as boas-vindas a mais um varão, nascido a 13 de Janeiro de 1400.
É baptizado João. João, como o seu pai, John, como o seu avô materno. O sétimo filho do casal foi o quinto a chegar à idade adulta. Parte da Ínclita Geração, tornou-se 3.º Condestável de Portugal, sucedendo a Nuno Álvares Pereira.
– “E o João e o Fernando, como são?
Filipa olhou a criança, embevecida:
– Fernando é um bebé querido, rechonchudo, cheio de caracóis loiros, se calhar o mais parecido comigo de todos eles, mas o João... Tenho de confessar que o João é uma criança especial.
É como se ao quarto rapaz tivéssemos conseguido a mistura perfeita: tem a sensibilidade do Duarte, mas sem a rigidez do filho mais velho, com o peso do reino nos ombros, a simpatia do Pedro, a vivacidade do Henrique, tudo isto numa mistura muito suave.
É capaz de fazer frente aos irmãos, argumentar com eles, e apesar de ficar desesperado em alturas como estas, em que os três mais velhos parecem gémeos e vão juntos para todo o lado, por outro acho que goza a liberdade de não ter de concorrer directamente com eles.
O João é o João. Acho que é único.”
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Remates:
João foi o 3.º Condestável de Portugal, sucedendo a Nuno Álvares Pereira e ainda 1.º Senhor de Reguengos, Colares e Belas.
João era culto, sensato e deixou poucas obras escritas. Para João, os muçulmanos deviam combater-se pelos Evangelhos e não com a espada, posição que defendeu em 1432, sendo contra a guerra em Marrocos.
Há historiadores de arte que defendem que é uma das personagens presentes nos enigmáticas Painéis de São Vicente de Fora.
Defendeu nas Cortes de Leiria em 1438 a entrega de Ceuta.
Nota: Captação de um texto de Isabel Stilwell
Acrescentos e imagens de Vítor Oliveira
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