sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

"A CONQUISTA DO OESTE AMERICANO"


PIONEIROS / EXPLORADORES


JIM BRIDGER - 1804 – 1881

     Jim Bridger nasceu em Richmond, na Virginia, em 17 de Março de  1804 e faleceu em 17 de Julho de 1881, na sua quinta perto da cidade de Kansas, Missouri, com 77 anos de idade. Teve proveniência de família inglesa, emigrada na América desde os princípios da era colonial. Filho mais velho de James Bridger e de Schloe Bridger. Quando tinha oito anos deslocou-se com a família de Richmond para St. Louis. Nos cinco anos que se seguiram, Bridger sofreu a  morte de seus pais e de um irmão. Aos treze anos, Jim e a sua irmã ficaram ao cuidado de uma tia. Ainda novo, começou a aprender o ofício de ferreiro na oficina de Phil Cromer, no intuito de ajudar a família que o recolheu. Foi um dos primeiros pioneiros, montanhês, caçador, batedor e guia, por terras do Oeste Americano, durante as décadas compreendidas entre 1820 a 1850. Conhecido também, como um narrador de contos incríveis.
     
       Bridger, como homem de montanha, era de constituição robusta, o que lhe permitia sobreviver em regiões inóspitas situadas nas Montanhas Rochosas, Colorado e proximidades fronteiriças do Canadá. Era conhecedor fluente em Francês, Espanhol, e em diversos dialectos nativos.
     Pela vida fora, contactou com exploradores lendários inseridos no seu meio – como, Brigham Young, Kit Carson, John Fremont, Joseph Meek e John Sutter. 


     Bridger, iniciou a sua carreira de caçador em 1822 com a idade de 17 anos, participando numa Expedição ao Missouri Superior e sob as ordens do General William Ashley. Foi dos primeiros europeus a avistar os geysers e outras maravilhas naturais situadas na região de Yellowstone. No inverno de 1824-25, Bridger tornou-se afamado como sendo o primeiro branco a navegar pelo Grande Lago Salgado (Great Salt Lake). Devido à sua grande salinidade, Jim Bridger julgou encontrar-se num braço marítimo encaminhado para o Oceano Pacífico.
     Em 1830, Bridger e muitos outros caçadores de armadilhas, compraram parte da Sociedade de peles de Ashley e estabeleceram-se nas Montanhas Rochosas, competindo com as famosas Firmas de Hudson Bay Company e John Jacob Astor´s American Fur Company, sociedades de peles de castor.
     Em 1843, Bridger e Louis Vasquez construíram um Posto Comercial que viria a chamar-se de Forte Bridger, e que se situava a oeste de Black´s Fork, no Green River. Este Forte prestou-se ao auxílio de pioneiros e colonos que seguiam na rota de Oregon.
      Em 1835 casou com uma índia da tribo Flathead da qual teve três filhos. Depois desta mulher ter falecido em 1846, voltou a casar-se com uma filha do chefe índio Washakie da


 tribo Shoshone, a qual morreu de parto três anos mais tarde. Em 1850, torna a realizar mais um casamento com outra índia Shoshone que lhe deu mais dois filhos. Alguns destes, procuraram os estudos no Leste, região populosa e de maior culto. Neste mesmo ano, procurando uma alternativa à rota de South Pass, trilhou uma pista que se tornou conhecida por Bridger´s Pass e que encurtou a rota de Oregon em cerca de 61 milhas. Esta rota trilhada e descoberta por Bridger seria utilizada e escolhida mais tarde pelos Caminhos de Ferro da Union Pacific e seguidamente, pela Interstate 80.
     Em 1864, para substituição à perigosa rota de Bozeman, descobriu um atalho que ficou apelidado de Bridger Trail, permitindo o caminho que seguia do estado de Wyoming até às minas de ouro de Montana.
     Posteriormente, Bridger serviu como guia e explorador na primeira expedição de Powder River contra os índios das tribos Sioux e Cheyenne que bloqueavam a rota de Bozeman – conhecida pela guerra do chefe Nuvem Vermelha. 
Em 1865 foi exonerado do Forte Laramie. Sofrendo de papeira, artrite, reumatismo e outros problemas de saúde, viu-se obrigado a regressar a Westport, no Missouri, decorria o ano de 1868.
     Mal sucedido em obter algum rendimento com o uso do Forte Bridger, viria a falecer em 1881, em Washington, Missouri.
     No final da sua vida, abandonou a actividade de caçador e dedicou-se a ser guia em caravanas e para o exército.
     Em 1873, começa a perder a visão. A sua família limita-lhe as suas caminhadas reservando-lhe uma área restrita e próxima da sua casa. Contudo, no seu cavalo Ruff, treinado, ainda percorre alguma distância, mas nos seus desaires constantes, o cão Sultan dava o alerta sobre os desvios causados pela quase cegueira. 
     Jim Bridger, foi sobejamente conhecido como um hábil contador de histórias. Algumas dessas histórias relacionadas com os geysers em Yellowstone, vieram a ser provadas como verdadeiras. Outras, foram criadas por ele para pura diversão nas longas noites de caçadas.
    Uma das muito afamadas histórias narra a envolvência numa floresta aterradora, infestada por aves terríficas a cantarem canções medonhas, sobre árvores fantasmas situadas na região de Tower Junction, no que é hoje o Yellowstone National Park. A forma como contava histórias tão incríveis, levou-o a angariar imensos imitadores porém, todas as histórias de renome foram atribuídas só a ele.
     Conta-se que uma das suas histórias mais favoritas diz respeito a uma perseguição por um bando numeroso de peles vermelhas. Depois de tentar a fuga durante muitos quilómetros, Bridger, encalhou num penhasco sem saída. Nesse mesmo instante todos os índios lhe caíram em cima. Nesta parte da história, Bridger, calava-se propositadamente na sua narração para com os seus simplórios ouvintes, o que os levava a perguntarem-lhe: “E depois? O que é que lhe aconteceu?”. E Jim, simplesmente, rematava: “Eles, eles mataram-me!...”.
     Durante vinte e três anos a sepultura de Bridger esteve localizada num cemitério a poucas centenas de metros da sua casa de campo porém, os seus restos mortais foram trasladados em 1904 para o cemitério de Mount Washington, em Independence, no Missouri – onde permanecem


   
Até breve                                                                                   
O amigo Vítor Oliveira  -- Ocart







Sem comentários:

Enviar um comentário