PIONEIROS / EXPLORADORES
JIM BRIDGER - 1804 – 1881
Jim
Bridger nasceu em Richmond, na Virginia, em 17 de Março de 1804 e faleceu em 17 de Julho de 1881, na sua quinta perto da cidade de
Kansas, Missouri, com 77 anos de idade. Teve proveniência de família inglesa,
emigrada na América desde os princípios da era colonial. Filho mais velho de
James Bridger e de Schloe Bridger. Quando tinha oito anos deslocou-se com a
família de Richmond para St. Louis. Nos cinco anos que se seguiram, Bridger
sofreu a morte de seus pais e de um irmão. Aos treze anos, Jim e a sua irmã ficaram ao
cuidado de uma tia. Ainda novo, começou a aprender o ofício de ferreiro na
oficina de Phil Cromer, no intuito de ajudar a família que o recolheu. Foi um
dos primeiros pioneiros, montanhês,
caçador, batedor e guia, por terras do Oeste Americano, durante as décadas
compreendidas entre 1820 a 1850. Conhecido também, como um narrador de contos
incríveis.
Bridger, como homem de montanha, era de constituição robusta, o que lhe permitia sobreviver em regiões inóspitas situadas nas Montanhas Rochosas, Colorado e proximidades fronteiriças do Canadá. Era conhecedor fluente em Francês, Espanhol, e em diversos dialectos nativos.
Pela vida fora, contactou com exploradores
lendários inseridos no seu meio – como, Brigham
Young, Kit Carson, John Fremont, Joseph Meek e John Sutter.
Bridger, iniciou a sua carreira de caçador
em 1822 com a idade de 17 anos, participando numa Expedição ao Missouri
Superior e sob as ordens do General
William Ashley. Foi dos primeiros europeus a avistar os geysers e outras maravilhas naturais
situadas na região de Yellowstone.
No inverno de 1824-25, Bridger tornou-se afamado como sendo o primeiro branco a
navegar pelo Grande Lago Salgado (Great
Salt Lake). Devido à sua grande salinidade, Jim Bridger julgou encontrar-se
num braço marítimo encaminhado para o Oceano Pacífico.
Em 1830, Bridger e muitos outros caçadores
de armadilhas, compraram parte da Sociedade de peles de Ashley e
estabeleceram-se nas Montanhas Rochosas, competindo com as famosas Firmas de
Hudson Bay Company e John Jacob Astor´s American Fur Company, sociedades de
peles de castor.
Em 1843, Bridger e Louis Vasquez construíram um Posto Comercial que viria a chamar-se
de Forte Bridger, e que se situava a
oeste de Black´s Fork, no Green River. Este Forte prestou-se ao auxílio de pioneiros
e colonos que seguiam na rota de Oregon.
Em 1835 casou com uma índia da tribo
Flathead da qual teve três filhos. Depois desta mulher ter falecido em 1846,
voltou a casar-se com uma filha do chefe índio Washakie da
tribo Shoshone, a qual morreu de
parto três anos mais tarde. Em 1850, torna a realizar mais um casamento com
outra índia Shoshone que lhe deu mais dois filhos. Alguns destes, procuraram os
estudos no Leste, região populosa e de maior culto. Neste mesmo ano, procurando
uma alternativa à rota de South Pass, trilhou uma pista que se tornou conhecida
por Bridger´s Pass e que encurtou a rota de Oregon em cerca de 61 milhas. Esta
rota trilhada e descoberta por Bridger seria utilizada e escolhida mais tarde
pelos Caminhos de Ferro da Union Pacific e seguidamente, pela Interstate 80.
Em 1864, para substituição à perigosa rota
de Bozeman, descobriu um atalho que ficou apelidado de Bridger Trail, permitindo o
caminho que seguia do estado de Wyoming até às minas de ouro de Montana.
Posteriormente, Bridger serviu como guia e
explorador na primeira expedição de Powder River contra os índios das tribos
Sioux e Cheyenne que bloqueavam a rota de Bozeman – conhecida pela guerra do
chefe Nuvem Vermelha.
Em 1865 foi exonerado do Forte Laramie.
Sofrendo de papeira, artrite, reumatismo e outros problemas de saúde, viu-se
obrigado a regressar a Westport, no Missouri, decorria o ano de 1868.
Mal sucedido em obter algum rendimento com
o uso do Forte Bridger, viria a falecer em 1881, em Washington, Missouri.
No final da sua vida, abandonou a
actividade de caçador e dedicou-se a ser guia em caravanas e para o exército.
Em 1873, começa a perder a visão. A sua
família limita-lhe as suas caminhadas reservando-lhe uma área restrita e
próxima da sua casa. Contudo, no seu cavalo Ruff, treinado, ainda percorre
alguma distância, mas nos seus desaires constantes, o cão Sultan dava o alerta
sobre os desvios causados pela quase cegueira.
Jim Bridger, foi sobejamente conhecido
como um hábil contador de histórias. Algumas dessas histórias relacionadas com
os geysers em Yellowstone, vieram a ser provadas como verdadeiras. Outras,
foram criadas por ele para pura diversão nas longas noites de caçadas.
Uma das muito afamadas histórias narra a
envolvência numa floresta aterradora, infestada por aves terríficas a cantarem canções
medonhas, sobre árvores fantasmas situadas na região de Tower Junction, no que
é hoje o Yellowstone National Park. A forma como contava histórias tão
incríveis, levou-o a angariar imensos imitadores porém, todas as histórias de
renome foram atribuídas só a ele.
Conta-se que uma das suas histórias mais
favoritas diz respeito a uma perseguição por um bando numeroso de peles
vermelhas. Depois de tentar a fuga durante muitos quilómetros, Bridger,
encalhou num penhasco sem saída. Nesse mesmo instante todos os índios lhe
caíram em cima. Nesta parte da história, Bridger, calava-se propositadamente na
sua narração para com os seus simplórios ouvintes, o que os levava a
perguntarem-lhe: “E depois? O que é que lhe aconteceu?”. E Jim, simplesmente,
rematava: “Eles, eles mataram-me!...”.
Durante vinte e três anos a sepultura de
Bridger esteve localizada num cemitério a poucas centenas de metros da sua casa
de campo porém, os seus restos mortais foram trasladados em 1904 para o
cemitério de Mount Washington, em Independence, no Missouri – onde permanecem.
Até breve
O
amigo Vítor Oliveira -- Ocart
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